
Foto: Beto Albert (Diário)
Depois de mais de 50 dias internada, a mulher de 46 anos que foi picada por uma aranha-marrom recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Nesta semana, ela segue o tratamento em um quarto da instituição.
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Segundo a Secretaria da Saúde de Santa Maria, outra mulher também foi vítima da espécie neste ano. Ambos os casos foram registrados no Bairro Camobi, região leste da cidade.
Conhecida pelo veneno potente, a picada da aranha-marrom pode provocar necrose no local atingido. Em casos graves, o paciente precisa passar por sessões de hemodiálise. Casos como esse acendem um alerta sobre a importância de identificar os sinais da picada desta espécie, considerada uma das mais venenosas entre os aracnídeos. Pensando nisso, o Diário conversou com um especialista para explicar as principais características da aranha-marrom, onde ela vive e o que fazer em caso de contato com o veneno do animal.
Pequena, pouco agressiva e com hábitos noturnos

A Loxosceles, nome científico da aranha-marrom, é uma espécie pequena que pode medir até 3 cm de comprimento, incluindo corpo e patas. Além do marrom, sua coloração também pode apresentar tons alaranjados, com abdômen verde-oliva. Diferente das outras espécies, as aranhas-marrons produzem teias irregulares e grudentas, que se assemelham a fios de algodão.
O professor do Departamento de Ecologia e Evolução da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Tiago Gomes, explica que essa espécie prefere viver em regiões mais frias e pode ser encontrada com mais facilidade no sul do Brasil, sendo o Paraná o Estado com o maior número de casos registrados. No Rio Grande do Sul, as espécies Loxosceles intermedia, Loxosceles hirsuta e Loxosceles laeta são as mais comuns.
O especialista explica que a aranha-marrom tem hábitos noturnos e ficam ainda mais ativos no verão:
— De dia ela fica quietinha, escondida, e de noite ela tende a sair, se deslocar. É possível encontrar uma aranha-marrom deslocando à noite a procura de alimento ou também de parceiros, e nesta época do ano elas estão mais ativas. Com esse calor, todos os bichos estão mais ativos por essas duas razões — explica o biólogo.
Ainda segundo Gomes, a espécie não é agressiva e geralmente pica quando comprimida contra o corpo. Ela pode ser encontrada tanto em ambientes externos quanto internos. Clique aqui e saiba onde ela pode se esconder.
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