Nesta quinta-feira (22), em entrevista ao programa Bom Dia, Cidade! (CDN, 93.5 FM), o secretário da Saúde de Santa Maria, Guilherme Ribas, confirmou que a morte de uma criança de 7 anos, na semana passada, foi causada por meningite bacteriana. Um outro caso, de menino de 4 anos que também morreu, segue sob investigação. Confira no vídeo:
– Tivemos a confirmação da meningite bacteriana, mas como não é uma bactéria comum, enviamos para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), para realizar a contraprova. O estudo técnico ainda está sendo feito, mas se confirmou no caso do menino de 7 anos – afirmou o secretário.
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Quanto ao menino de 4 anos, não há confirmação até o momento, e o caso segue em análise. Ribas destacou que os dois casos não estão relacionados, e que a secretaria mantém contato com a escola e as creches das duas crianças. Segundo ele, não houve registro de novas suspeitas, mas a procura por imunizantes aumentou.
– A procura pela vacina da meningite aumentou no município, na rede pública e na rede privada. O gerente geral da São João entrou em contato comigo (e afirmou) que estava buscando a vacina da meningite fora de Santa Maria, pelo aumento da procura. Mas, para alguns tipos de meningite bacteriana, a vacina não faz a defesa. (Por isso) Precisamos sempre tomar cuidado com os sintomas, procurar um serviço de urgência e emergência público ou privado, e prevenir em primeiro lugar – completou Ribas.
Emergência por aumento de casos da SRAG
Em relação ao decreto assinado pelo governo do Estado, após aumento do número de hospitalizações e demanda pelos serviços de saúde, relacionados aos sintomas da síndrome respiratória aguda grave (SRAG), Ribas confirma que houve aumento também na cidade, mas acredita que o decreto está embasado principalmente pelo volume de casos na Região Metropolitana.
Conforme levantamento realizado pelo secretário, entre 1º de abril e 22 de maio de 2024, houve 7.938 atendimentos para tratar sintomas respiratórios. No mesmo período, em 2025, o número passou para 8.806, um crescimento de cerca de 900 atendimentos a mais do que no ano passado.
Porém, Ribas alerta que não há motivo para preocupação.
– Sim, aumentou (o número de atendimentos), mas não tivemos uma mudança brusca na relação de casos que necessitam internação e suporte avançado de uma unidade de terapia intensiva (UTI). É algo que devemos monitorar, mas com cuidado, para que não se torne algo que traga o desespero para a população da nossa cidade.
Vacinação
De acordo com o secretário, o quantitativo de doses de vacinas para influenza (gripe) que chegaram ao município é insuficiente. Para ele, as 800 doses recebidas são pouco para o número de pessoas elegíveis à imunização.
– É um quantitativo muito baixo. Na divisão entre os serviços, não se consegue contemplar todo mundo que procura e está nos grupos prioritários. O número ideal seria no mínimo de 5 a 6 mil, para conseguir diluir essas doses nas unidades de saúde e ter um quantitativo bom para aplicar.
Ribas destacou a procura da população pela vacinação, especialmente nas ações realizadas no último sábado (17), aniversário da cidade, quando cerca de 2,8 mil doses foram aplicadas. De acordo com o secretário, a prefeitura está em diálogo com a Vigilância do Estado para aumentar o número de doses recebidas pelo município.
Confira a entrevista completa
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