
Foto: Marcelo Oliveira/Prefeitura de Santa Maria
Na busca por conscientizar a população e eliminar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, a Secretaria da Saúde de Santa Maria divulgou um novo cronograma de pulverizações de inseticida biológico. Desde o início de fevereiro, o produto, que não apresenta riscos à saúde humana, foi pulverizado em mais de 1 mil quarteirões nos bairros Chácara das Flores, Perpétuo Socorro, Salgado Filho, Divina Providência, Passo d’Areia, Noal, Nossa Senhora de Fátima, Duque de Caxias, Uglione, Camobi, Patronato e Diácono João Luiz Pozzobon.
O trabalho segue nesta quinta-feira (6) no Bairro Pinheiro Machado, onde alguns quarteirões já foram pulverizados. Na sequência, as ações ocorrerão no Bairro Tancredo Neves.
Cronograma de pulverizações
As ações promovidas pela Secretaria da Saúde estão sujeitas a alteração conforme as condições climáticas como vento, nevoeiro e chuva
- 6 a 10/3 – Bairro Pinheiro Machado
- 11 a 14/3 – Bairro Tancredo Neves
- 14 a 20/3 – Bairro Nova Santa Marta
- 21 e 22/3 – Bairro Juscelino Kubitschek
- 24 a 26/3 – Bairro Juscelino Kubitschek
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Histórico
Desde 2020, Santa Maria sofre com surtos de dengue, registrando menos de 250 casos em um mesmo ano ou em várias regiões. Esse cenário epidemiológico permaneceu assim até 2023, quando um surto generalizado resultou em 8.465 casos confirmados de dengue, cinco mortes e mais de 40 bairros infestados pelo mosquito.
Em 2024, a cidade teve 6.031 diagnósticos positivos para a doença e 14 mortes, período em que o Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen RS) confirmou a circulação de um segundo sorotipo do vírus da dengue em circulação no município. Até o momento, em 2025, apenas dois casos de dengue foram confirmados e 105 seguem em investigação.
No combate ao mosquito, a Secretaria da Saúde de Santa Maria adquiriu maquinário e insumos; intensificou o atendimento de denúncias sobre locais com água parada; criou um setor de educação sobre dengue, além de promover forças-tarefas em parceria com instituições, como a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o Exército Brasileiro.
A pasta reforça que tanto nas visitas às residências, quanto nas ações de pulverizações, os funcionários da prefeitura estão sempre devidamente identificados com coletes e crachás.
Faça a sua parte
- Mantenha a caixa d’água sempre fechada
- Encha de areia, até a borda, os potes e os vasos de plantas
- Não deixe a água da chuva acumular em recipientes
- Mantenha tampados toneis e barris de água
- Guarde garrafas de cabeça para baixo
- Recolha seus resíduos
- Use repelente
- Utilize inseticida em locais escuros (perto do chão e proximidades de piscina)
- Atenção às piscinas, especialmente as de plástico
- Para denúncias de locais com água parada em Santa Maria, ligue para (55) 3174-1581 ou 7400-5525 (somente WhatsApp)
Cenário estadual
Embora o Brasil tenha apresentado uma redução de 65% nos casos de dengue nos primeiros 50 dias de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024, o Rio Grande do Sul permanece em alerta, especialmente com o cenário de calor intenso que vem assolando o Estado.
Em 2024, o cenário epidemiológico indicou 208.668 casos confirmados de dengue no Estado e 281 mortes em razão da doença. Nos primeiros meses de 2025, já foram registrados 603 casos e 4024 seguem em investigação, resultando em um pedido do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) para que os sintomas não passem despercebidos pela população.
Um grande desafio para evitar ou minimizar a evolução para casos mais greves está na suspeita adequada e precoce do paciente com dengue. Na maioria das vezes, a pessoa se recupera em até uma semana. Porém, parte delas pode desenvolver formas mais graves da doença.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES RS), a maior parte dos óbitos por dengue registrados no Estado é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de saúde.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém indivíduos com condições preexistentes, gestantes, lactentes, crianças (até 2 anos) e pessoas com mais de 65 anos têm maiores riscos de desenvolver complicações em decorrência da doença. A infecção pelo vírus da dengue dura em média sete dias. Os sintomas geralmente aparecem de forma combinada, podendo evoluir para sinais de alerta como a desidratação.
Fique atento aos sintomas
- Febre que surge de repente
- Dor no corpo e nas articulações
- Dor de cabeça
- Dor atrás dos olhos
- Manchas vermelhas na pele
- Náusea
- Vômito
- Cansaço extremo
A Secretaria Estadual da Saúde recomenda que, ao observar esses sinais e sintomas, a população:
- Procure atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), preferencialmente, se não houver sinais de alarme, como dor abdominal, vômitos persistentes, queda na pressão, pouco volume urinário
- Beba bastante água e com regularidade
- Na presença de algum sinal de alarme, busque imediatamente serviço de saúde, preferencialmente de urgência e emergência (Unidade de Pronto Atendimento ou Hospitais)
- Mantenha hidratação por até 48 horas após cessar a febre
*com informações da prefeitura de Santa Maria e SES RS