
Foto: Maiara Bersch (arquivo, Diário)
Apesar de constar na lista dos 37 indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado em 2022, o coronel da reserva do Exército Brasileiro, Carlos Giovani Delevati Pasini, não está entre os 34 indiciados pela Procuradoria Geral da República (PGR). Na lista, divulgada na terça (18), ainda estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de alguns apoiadores, como o candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022, o general Braga Netto, e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
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Da lista feita pela PF, 10 nomes não integram a denúncia da PGR. Contudo, cinco pessoas que não estavam entre os 37 indiciados aparecem entre os 34 do segundo grupo.
Pasini seria suspeito de ter participado da elaboração da “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa e Exército Brasileiro”, que tinha por objetivo convencer a população e o alto escalão das Forças Armadas a aderirem ao suposto golpe. O objetivo do documento, conforme as investigações, seria incentivar a alta cúpula militar para uma intervenção no processo democrático.
O ex-militar, que é natural de Santiago, é doutor em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e lecionou aulas no Colégio Militar de Santa Maria. Além disso, tem graduação em Língua Portuguesa e Literatura e possui formação em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Em novembro do ano passado, quando foi indiciado, ele atuava como professor e coordenador de alunos no Colégio Militar de Belém, em Belém, capital do Pará.
Em 2018, Pasini foi candidato a deputado estadual pelo Patriotas, mas não foi eleito.
O Diário tentou contato com o advogado de Carlos Giovani Delevati Pasini, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.