data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Em pouco mais de um mês, Paulo e Juma ergueram uma nova casa com a ajuda da comunidade
O soldador Paulo Gilberto Vieira de Melo, 33 anos, teve a casa consumida pelo fogo em plena manhã de Natal, em 25 de dezembro do ano passado. Após ter conversado com a equipe do Corpo de Bombeiros, ele acredita que a causa do incêndio que destruiu duas casas, a dele e a da sogra, Eva Beatriz Gomes da Silva, que mora no mesmo terreno, foi um curto-circuito. Para Paulo Gilberto, um ventilador ou um micro-ondas que vinha apresentando defeitos podem ter originado as primeiras chamas que se alastraram com rapidez.
No momento em que o fogo começou, Eva estava em casa com a neta Ayla Mirian, 6 anos, filha do soldador. Ele havia saído para levar a mulher, Juma Tainá, ao trabalho. A idosa e a criança conseguiram se salvar com o auxílio de vizinhos e não tiveram ferimentos graves.
- Pouco antes de sairmos de casa, minha esposa comentou que estava sentindo um cheiro estranho. Ainda assim, não nos preocupamos. As lâmpadas oscilavam quando ligávamos o micro-ondas, ou seja, ele já não funcionava direito - lembra.
style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Na manhã de 25 de dezembro de 2019, a casa onde Paulo Gilberto morava com a família pegou fogo devido a um curto-circuito, que ocorreu, provavelmente, em um micro-ondas ou ventilador
Cerca de um mês e meio depois, o morador da Rua Jovelino Lima, no Bairro Itararé, já conseguiu reerguer boa parte da estrutura da casa. Antes, a residência era de madeira. Agora, o novo lar está sendo construído com tijolos. O soldador fala que, com essa experiência, a atenção com as instalações elétricas passou a ser redobrada:
- Nem que eu gaste bem mais, a partir de agora, só vou usar equipamentos novos. Entre tantas doações, ganhei a fiação, mas o eletricista me alertou que estava velha. São fios rígidos, que não se usam mais. Os disjuntores também serão novos, para evitar a sobrecarga na casa.
Somente em 2020, Santa Maria registrou 33 incêndios em residências
A rapidez com que a família conseguiu erguer a nova estrutura também impressiona. Como está desempregado, Paulo Gilberto dedica o tempo livre para auxiliar nas obras. Ele mesmo começou a colocar o piso de cerâmica na nova casa, que contou com a solidariedade de muitas pessoas.
Devido ao incêndio, doações de materiais de construção, móveis, eletrodomésticos e roupas, da comunidade e de grandes empresas, foram arrecadadas. Nesse meio tempo, a família ficou abrigada na casa de uma sobrinha de Paulo Gilberto.
Ao todo, o chefe de família estima que cerca de R$ 30 mil em doações foram obtidos. E, assim que for possível, ele quer construir uma casa para a sogra.
*Colaborou Rafael Favero