
Foto: Polícia Civil
Seis pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira (25) durante a Operação Fallax, realizada pela Polícia Civil de São Sepé, que cumpriu 21 ordens judiciais em Porto Alegre, Canoas, Viamão, Cidreira e Charqueadas, totalizando 15 mandados de busca e apreensão e 6 prisões preventivas. Entre os presos, quatro já cumprem pena em presídios, e outros dois estavam em liberdade, desempenhando funções estabelecidas no esquema criminoso e apoiando o grupo.
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De acordo com a Polícia Civil, a investigação teve início em abril de 2024, após uma vítima de extorsão, moradora de São Sepé, cometer suicídio ao ser coagida por criminosos que utilizavam fotos íntimas trocadas durante conversas virtuais. A quadrilha fazia ameaças constantes, incluindo a falsa promessa de prisão ou divulgação das imagens, levando a vítima a transferir dinheiro.
Com o avanço das investigações, a Polícia Civil identificou o grupo criminoso responsável pela prática do golpe, com base operacional dentro de uma penitenciária gaúcha. Os criminosos contavam com o apoio de cúmplices em liberdade, responsáveis por movimentar valores e criar perfís falsos para atrair e enganar as vítimas. O grupo, inclusive, se fazia passar por delegados de polícia como forma de aumentar a intimidação.
Durante a ação, foram realizadas buscas em uma galeria no interior da Penitenciária Estadual de Charqueadas (PASC), onde foram apreendidos 51 celulares, um comunicador de satélite, 56 chips, além de maconha e cocaína. Também foram cumpridas as prisões preventivas de quatro pessoas no local. Outras duas pessoas, que estavam em liberdade e desempenhavam funções no esquema criminoso, também foram presas.
A operação foi coordenada pela delegada Carla Dolores Castro De Almeida, titular da Delegacia de Polícia de São Sepé, e contou com o apoio de agentes de diversas delegacias do Estado.
O Golpe
O "golpe do nude" é um tipo de extorsão virtual em que criminosos criam perfís falsos em redes sociais, geralmente se passando por pessoas atraentes, e convencem as vítimas a trocar fotos íntimas. Após conseguir as imagens, o golpista passa a chantagear a vítima, ameaçando divulgar o conteúdo para familiares, amigos ou nas redes sociais.