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Foto: Polícia Civil (Divulgação)
ATUALIZAÇÃO: matéria atualizada em 17 de setembro de 2019, às 11h57min
Quatro taxistas suspeitos de agredir um motorista de aplicativo, em Caçapava do Sul, na semana passada foram presos preventivamente na manhã de hoje. Mais seis pessoas ainda são investigadas por envolvimento no caso.
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Segundo o delegado Laurence Teixeira, responsável pela investigação, os quatro que foram presos nesta manhã foram reconhecidos pela vítima e por imagens de câmeras de monitoramento. Dois jovens, de 21 e 23 anos, e dois homens, de 42 e 54, foram ouvidos na delegacia e seriam levados, ainda hoje, ao Presídio Estadual de Caçapava do Sul. Eles foram presos por tentativa de homicídio, roubo (porque na ocasião foi subtraído R$ 500 e um celular da vítima) e por associação criminosa. Um dos presos, Alex Nunes, além de taxista, é vereador no município. Outro preso, que não teve o nome divulgado, é filho dele.
- A investigação foi regular, reunimos relato de testemunhas e imagens de monitoramento, o que corroborou a versão da vítima, culminando nestas prisões - explica o delegado.
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Além das prisões, a Polícia Civil cumpriu seis mandatos de busca e apreensão, e três toucas ninjas, oito celulares, um notebook e uma CPU foram apreendidos.
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Apesar de ser o primeiro caso de agressão a motorista de aplicativo em Caçapava do Sul, a polícia já havia registrado ameaças na cidade. Os suspeitos deste caso já foram mencionados em outros casos.
- A vítima já tinha registrado ocorrência contra o filho e o vereador, que foi reconhecido pela vítima - fala o delegado Laurence Teixeira.
O vereador, em entrevista ao Diário na última sexta-feira, havia negado a agressão e falou apenas em uma discussão. Nunes afirmou que o motorista de aplicativo esteve envolvido em uma briga com seu filho horas antes da agressão. Ainda de acordo com relato do vereador, ele chegou a ir até a rodoviária, acompanhado de outras pessoas, "tirar satisfação" e apresentar um documento que fala da regulamentação dos aplicativos, mas que o motorista de aplicativo teria provocado o grupo.
O QUE DIZ A DEFESA
A defesa dos quatro presos preventivamente vai pedir habeas corpus, uma vez que encara que não era necessário decretar a prisão preventiva. O grupo é defendido pelo advogado Rogerio Elias Motta.
- Não foi formalizado nem o inquérito policial, recém tão sendo ouvidos, não tem laudo, não se sabe se foi lesão leve. Não caberia a decretação da prisão preventiva - afirma Motta.
Segundo o advogado, eles são réus primários e tem o direito de aguardar o julgamento em liberdade. Motta também afirma que não há participação do grupo no caso. De acordo com a defesa, um dos presos preventivamente estaria em casa no momento da agressão.
- Basta olhar as câmeras de filmagem que vai ser comprovada a verdade. O vereador Alex é um dos mais votados de Caçapava do Sul e não possui nenhum antecedente criminal. Isso está em sua defesa - argumenta o advogado.
O QUE DIZ A CÂMARA DE VEREADORES
Por meio de nota, a assessoria da Câmara de Vereadores de Caçapava do Sul informou que:
"O Legislativo Caçapavano recebeu a informação, através da imprensa, na manhã desta terça-feira, dia 17, da prisão preventiva do Taxista Alex Vargas, que também exerce o mandato de vereador pelo MDB, sobre o caso envolvendo um grupo de taxista e um motorista de aplicativo na cidade.
Após ficar sabendo caso, o Presidente da Câmara reuniu a Mesa Diretora para avaliar a situação do vereador e encaminhar as medidas administrativas cabíveis, inclusive acionando a Comissão de Ética da Casa para acompanhar as investigações da Polícia Civil e instaurar um procedimento administrativo.
A Mesa Diretora informou também, que os vereadores são responsáveis pelo seu mandato, mas devem seguir as regras da casa e da sociedade civil, o Legislativo dará todo o respaldo a Polícia Civil e a Justiça para que as investigações e o inquérito seja concluído o mais rápido possível. Ressaltamos ainda, que a Câmara não se responsabiliza pelas atitudes de seus vereadores no livre exercício da sua profissão e na vida pessoal.
As medidas sobre este caso dentro da Casa Legislativa serão tomadas com a maior transparência e obedecendo ao interesse público."
*Colaborou Leonardo Catto