Polícia Civil indicia mãe e padrasto por morte de criança de 1 ano por afogamento em Santa Maria

Polícia Civil indicia mãe e padrasto por morte de criança de 1 ano por afogamento em Santa Maria

Foto: Polícia Civil (Divulgação)

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Santa Maria concluiu o inquérito policial que investigava a morte de uma criança de 1 ano por afogamento em uma banheira, ocorrido na noite do dia 5 de junho. Tanto a mãe quanto o padrasto da criança foram indiciados por maus-tratos. Além disso, o padrasto também foi indiciado por homicídio culposo. O processo foi encaminhado à Justiça na quinta-feira (3). 


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Conforme a Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira (4), a mãe, de 32 anos, não estaria em casa no momento do fato e a criança estava sob os cuidados do padrasto. Em depoimento, o jovem, identificado como Kauã Jorge de Oliveira, 27 anos, afirmou que teria se distraído, mexendo no celular e conversando com um amigo por cerca de 30 minutos, esquecendo do menino no banho. Ao voltar no banheiro, encontrou a criança já caída. 


A mulher teria levado o filho até a unidade de Pronto Atendimento (PA) do Patronato na mesma noite. A criança apresentava ausência de pulso e hematomas na região frontal da cabeça. A equipe médica do local teria tentado a reanimação, porém sem sucesso. 


Durante as investigações, foram ouvidas cerca de 10 pessoas, entre familiares e amigos do casal. Os dois irmãos da vítima, duas crianças de 7 e 9 anos, foram encaminhadas para perícia psíquica, na qual prestaram seus depoimentos.


Ao final do inquérito, a delegada Luiza Souza, titular da DPCA, optou por indiciar a mãe e o padrasto por maus-tratos, "pois ficou comprovada a negligência nos cuidados básicos com as três crianças do casal, quanto à higiene e saúde, além de acolhimento emocional". Além disso, Kauã foi indiciado por homicídio, já que o laudo pericial comprovou que a morte da criança foi por afogamento. 


O que diz a defesa

A defesa do padrasto da criança, representado pelos advogados Ariel Cardoso e Bruno Paim, foi procurada pela reportagem nesta sexta-feira, mas não havia se manifestado sobre o assunto até a publicação desta matéria.  


Relembre o caso
A ocorrência foi registrada pela Brigada Militar, após a mulher chegar com a criança no PA do Patronato no dia 5 de junho. Tanto a mãe quanto o padrasto foram ouvidos e o corpo do menino foi levado para necropsia. Kauã Jorge de Oliveira prestou depoimento na DPCA e afirmou que "teria se distraído" enquanto a criança tomava banho sozinha, na banheira. Com isso, a delegada Luiza Souza havia optado pela sua prisão e ele foi levado para a Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm). No dia posterior, ele foi solto. Na época, a mãe da criança não era alvo da investigação por não estar na residência no momento do fato.


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