
Foto: Rafael Menezes (Diário)
No início de setembro, a Polícia Federal (PF) encaminhou o inquérito da Operação Maturin, deflagrada no dia 3 de agosto, para o Ministério Público, que ficou responsável pela análise da investigação. Na última sexta-feira (27), o processo foi oferecido pela 2º Vara Especializada de Porto Alegre, que denunciou 23 pessoas.
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Denunciados
Em setembro, a PF encaminhou o inquérito com 22 indiciados. Porém, o MP incluiu pelo indiciamento de mais uma pessoa, que agora contabiliza 23 denunciados, pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro. Não houve um detalhamento sobre quais crimes cada um responde.
Atualmente, 10 pessoas seguem presas em Santa Maria, Arroio dos Ratos e Santa Catarina. Duas pessoas estão foragidas.
Sequestro e alienação dos bens
As quatro distribuidoras de bebidas e um supermercado, usados para a lavagem de dinheiro, ficaram lacrados durante esses meses. Foi feito um pedido de sequestro e uma alienação antecipada dos bens que estavam dentro desses locais, que estão sendo recolhidos e serão encaminhados para um leilão público.
Na tarde desta quarta-feira (1º), por exemplo, policiais acompanharam um avaliador – profissional responsável por analisar esses bens – no mercado localizado no Bairro Juscelino Kubitschek. Segundo a PF, o valor arrecadado com o leilão será depositado em juízo e ficará guardado até a conclusão do caso.
O objetivo é esvaziar esses estabelecimentos até o final desta semana. Após, as salas comerciais, que eram locados, ficarão à disposição de seus proprietários.
A operação
A Operação Maturin foi deflagrada pela Polícia Federal em agosto, com o objetivo de desarticular um grupo que usava estabelecimentos comerciais para comercializar drogas em Santa Maria. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além de prisões.
Se acredita que a droga vinha do exterior, chegava na cidade e era distribuída para alguns pontos do município e também para Santa Catarina. Um jovem, de apenas 24 anos, seria o líder dessa organização. Ele segue preso.
Durante a investigação, a PF concluiu que o grupo estava associado com a finalidade de traficar drogas, usava os estabelecimentos comerciais como fachada e que os bens adquiridos com esse dinheiro estavam em nome de "laranjas", que não eram as verdadeiras proprietárias. Com a operação, apreensões foram feitas e os cinco estabelecimentos foram lacrados.
Após a deflagração da operação, a PF tem o trabalho de investigar e recolher provas sobre quais crimes foram cometidos e quem teria feito. Ao juntar todo esse quebra-cabeça, chamado de inquérito, ele foi repassado ao MP-RS, que tem a competência para julgar se isso procede ou não.