Nos últimos seis anos, pedestres são as maiores vítimas de acidentes no perímetro urbano de Santa Maria

De acordo com dados da Secretaria de Segurança e Ordem Pública de Santa Maria, somente em 2024, foram registrados 733 acidentes no município, com 890 vítimas, sendo que 33 delas morreram. Isso significa que, por dia, pelo menos duas ocorrências foram registradas e a cada 11 dias uma pessoa morreu vítima de acidente de trânsito. Para tentar reverter essas estatísticas tão negativas, várias ações estão ocorrendo dentro do Maio Amarelo, mês de conscientização para prevenção de acidentes. Inclusive ontem ocorreu uma simulação na cidade.

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Diante de um cenário preocupante, a secretaria trabalha na elaboração anual de um relatório para levantar as principais vias onde os acidentes ocorrem em Santa Maria. O estudo é fundamental também para auxiliar em decisões referentes às intervenções que devem ser feitas, como a instalação de um redutor de velocidade, faixa de pedestres ou semáforos, além de comparar anualmente os aumentos ou diminuições nas ocorrências de trânsito.

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Morte e lesões

Dos seis anos, com um total de 4.564 acidentes, foram 5.355 vítimas com lesões corporais e 158 pessoas morreram.

Vítimas 

Dos 158 mortos, 72,78% são do sexo masculino. Do número total, conforme o levantamento aponta, 32,27% das vítimas fatais eram pedestres. 31 vítimas tinham mais de 60 anos. Isso representa 60,78% dos óbitos relacionados a atropelamentos no município. Durante esse período, foram registradas apenas 1 morte de criança, entre 0 a 10 anos, por acidente desse tipo.

Outro dado importante é que também há um número expressivo de registros de atropelamentos no perímetro urbano do município: 552 atropelamentos que resultaram em 51 mortes.

Dos seis anos 

• Pedestre – 51
• Motociclista – 33
• Condutor – 32
• Passageiro – 22
• Ciclista – 14
• Passageiro de motocicleta – 5
• Não informado – 1
  

Vias municipais, estaduais e federais

Conforme os dados disponibilizados pela prefeitura de Santa Maria, 158 mortes foram registradas nos últimos seis anos em vias do município. Destas, 67 ocorreram em vias federais – BR-287, BR-392 e BR-158. Na sequência, estão as estradas municipais, com registro de 53 óbitos. Por fim, as vias estaduais, principalmente a RSC-287, a RSC-509 e a VRS-830, com 37 mortes. Nestes seis anos, apenas uma morte não teve sua localidade informada.

Sobre as ocorrências nas vias estaduais, o capitão do Comando Rodoviário da Brigada Militar de Santa Maria, Tiago Nunes, destaca que vias mais largas, com alto fluxo de veículos e de pedestres podem ser fatores para os dados registrados: 

– A nossa maior preocupação são os óbitos. Tentamos de diversas formas coibir as causas de acidentes fatais.  Esse é o nosso principal objetivo. Atuamos no controle de velocidade. Por isso, radares e sinalizações. 

A PRF, da mesma forma, reforçou o ponto da passagem de pedestres em vias largas e muitas vezes em obras, que é o caso da Travessia Urbana: 

–  Há muitos trechos de afunilamento, trechos de trânsito lento, outros trechos que são liberados, e tudo isso influencia nos nossos índices. Por exemplo, esse último aumento, a tendência de aumento de óbitos, se a gente for olhar a quantidade ou os tipos de acidentes que envolveram esse crescimento de mortes, a gente vê que teve um aumento significativo de atropelamentos, principalmente no ano passado e em 2023 também. Isso a gente pode pensar também a questão das obras estarem sendo liberadas em alguns trechos, com isso, a pista dupla, os motoristas aumentam a velocidade, já não há aqueles locais de diminuição de velocidade – diz o agente Jussie Pettine Santos, da 9ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal.