
Foto: Rádio Cruz Alta (Divulgação)
O homem de 62 anos que atirou contra ele próprio após tenta matar companheira, na tarde de quarta-feira (12), em Cruz Alta, não resistiu aos ferimentos e morreu. O caso é investigado pela Polícia Civil como tentativa de feminícidio seguida de suicídio.
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A informação foi confirmada pelo delegado Ricardo Drum Rodrigues, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) do município. A vítima, uma mulher de 46 anos, ficou ferida nas mãos, recebeu atendimento médico e recebeu alta. O seu depoimento já foi coletado pela polícia.
Segundo o delegado, a briga entre o casal teria iniciado na residência da vítima, que possui um estúdio de massoterapia junto ao local.
– Eles tiveram uma discussão, e estamos apurando a motivação dela. Ele teria puxado uma faca e tentou ferir a mulher na altura do pescoço. Ela se defendeu, segurou a faca e conseguiu jogá-la pela janela da casa. Nesse momento, ela machucou a mão. Ele ainda pega ela pelo pescoço e cabelos, mas, na hora, uma cliente, que teria atendimento com ela, chega no local. O homem ainda tentou esganar a vítima, que gritou e conseguiu fugir. Ela saiu da residência, mas ele ficou dentro da casa - relata o delegado.
A Brigada Militar foi acionada pela vítima. O delegado afirma que está sendo apurado se é nesse momento em que o homem faz o disparo. Junto ao homem, caído dentro da casa, foram encontradas uma pistola e facas, que foram apreendidas, além de muito sangue. Uma ambulância levou o homem ainda com vida até o hospital. A suspeita é que, além do tiro, ele tenha se esfaqueado. Isso será esclarecido ao longo da investigação.
– Ele foi socorrido em estado gravíssimo, mas veio a óbito horas depois. Estamos apurando se o disparo realmente foi na própria cabeça. O fato está sendo tratado, inicialmente, como uma tentativa de feminicídio com posterior suicídio – resume o delegado.
Questionado sobre um possível histórico de brigas entre o casal, o delegado afirma que a vítima afirmou, em depoimento, que não havia sido agredida antes. Porém, contou que o homem seria possessivo e ciumento. Em 2024, conforme Rodrigues, a Brigada Militar teria sido acionada após uma suposta briga entre os dois, mas a mulher não teria registrado ocorrência.
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