Justiça mantém presos envolvidos em operação contra fábrica clandestina de cigarros em Agudo

Justiça mantém presos envolvidos em operação contra fábrica clandestina de cigarros em Agudo

Foto: Rafael Menezes

A Justiça decidiu manter presos os sete paraguaios e um brasileiro, detidos durante operação da Polícia Civil realizada na última quarta-feira (22). A ação desmantelou uma fábrica de cigarros clandestinos localizada na localidade de Porto Alves, no interior de Agudo. Durante a audiência de custódia, uma mulher de 37 anos, companheira do brasileiro preso e que havia sido encaminhada ao Presídio Regional de Santa Maria, foi liberada. Os demais seguem detidos no Presídio Estadual de Agudo.


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O brasileiro preso foi identificado como o responsável pela administração do local, enquanto os sete paraguaios atuavam como trabalhadores na fabricação dos cigarros clandestinos.

Durante a operação, a Polícia Civil apreendeu dois carros, uma moto, um revólver, além de insumos e máquinas que eram utilizados na produção dos cigarros.


Coordenada pela Delegacia Regional de Santa Maria, com o apoio do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), a operação vinha investigando o grupo criminoso há pelo menos três meses. As autoridades descobriram que a fábrica clandestina possuía capacidade para produzir até 3,5 milhões de cigarros por dia, gerando um faturamento bruto diário de aproximadamente R$ 300 mil.

Fábrica tinha capacidade de fabricar até 3,5 milh]oes de cigarros por diaFoto: Rafael Mezes

Para ocultar as atividades ilegais, os responsáveis utilizavam como fachada uma empresa de arroz com sede em São Borja. Além dos crimes de tráfico de produtos ilícitos e contra as relações de consumo, a polícia investiga possíveis fraudes envolvendo estelionato contra produtores da região, mediante compras fraudulentas de arroz.


A fábrica utilizava mão de obra paraguaia, e grande parte dos cigarros fabricados era revendida nas regiões central e sul do Rio Grande do Sul. Embalagens encontradas no galpão indicavam que os produtos tinham como destino principal o Paraguai, com marcas como "51" e "Egipt", ambas do país vizinho. No entanto, a polícia suspeita que cigarros de marcas nacionais também eram produzidos no local.


As investigações continuam, e a Polícia Civil busca identificar outros envolvidos no esquema, bem como mapear a extensão da atuação da organização criminosa.



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