
Foto: Vitor Rosa (Palácio Piratini, Divulgação)
Números foram divulgados nesta sexta-feira em evento na sede da Fecomércio-RS, em Porto Alegre, com a presença do governador Eduardo Leite
O governo do Estado divulgou, na tarde desta sexta-feira (17), os indicadores da violência no Rio Grande do Sul em 2024. O ato da Secretaria de Segurança Pública (SSP), realizado na sede da Fecomércio-RS, em Porto Alegre, contou com a presença do governador Eduardo Leite (PSDB). Os dados indicam que “2024 é comprovadamente o ano mais seguro de toda a história. Com queda nos principais crimes, os resultados de 2024 superaram os índices obtidos em 2023”.
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Nos crimes contra a vida, houve redução dos latrocínios (roubo com morte), que diminuíram 33% em relação a 2023, passando de 42 para 28 casos. Os homicídios caíram 17%. Mesmo assim, 1.380 gaúchos foram assassinados no ano passado, contra 1.668 em 2023.
Os feminicídios somaram 72 casos, 15% menos dos que as 85 mortes de mulheres de 2023.
O roubo a pedestres teve redução de 42%, o que representa diminuição de 10 mil ocorrências em relação ao ano anterior. Já o roubo de veículos apresentou retração de 36%, com diferença de 1,3 mil casos entre 2023 e 2024.
– Sabemos que ainda existem problemas, mas é incontestável que estamos no melhor caminho. E é inegável, o Rio Grande do Sul é um Estado mais seguro e a gente vai seguir nessa toada para garantir um Rio Grande próspero e em paz nas ruas – afirmou Leite.
O material da Secretaria da Segurança Pública não traz os números da violência em cada município.
Contraste
O cenário apresentado pela Secretaria da Segurança Pública, contudo, não se refletiu no maior município da Região Central. Ao contrário. No principal indicador da segurança pública, o dos crimes contra a vida, Santa Maria registrou aumento de 20%. Em 2024, 66 pessoas foram mortas no município, contra 55 em 2023.
Foi o segundo ano mais violento na história desde 2017, perdendo apenas para 2022, quando a cidade registrou 70 assassinatos. As vítimas do ano passado eram, na maioria, homens entre 14 e 71 anos. Do total, seis eram mulheres.
A grande maioria, ou seja, 85% dos casos registrados, estão relacionados ao tráfico de drogas e disputas entre grupos criminosos, segundo a Polícia Civil.