Segundo as principais autoridades da Brigada Militar na região, diante da onda de criminalidade registrada nas últimas semanas em Santa Maria, quando ocorreram registros de sequestros relâmpagos, assaltos a casas e apartamentos e a suspeita de que uma casa seria assaltada no bairro Nossa Senhora do Rosário, estão sendo intensificadas as ações para apreender foragidos, drogas e armas. Porém, a falta de efetivo seria um problema histórico, mas que estaria prejudicando o policiamento nas ruas da cidade e da região.
Segundo o comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO), coronel Jaime Machado Garcia, há um déficit de 30% no efetivo do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon), que atende Santa Maria e outras 18 cidades. O RPMon, de acordo com ele, é o mais afetado por aposentadorias de policiais que não vêm sendo repostos. No CRPO como um todo, o déficit é de 26%. Para Garcia, o contingente de policiais na região, que é de 1,3 mil atualmente, deveria ser de, pelo menos, 1,6 mil.
Um concurso público está em andamento, mas ainda não há garantias de que haverá policiais designados para a região.
No último concurso, realizado em 2012, Santa Maria e Região Central não foram contempladas. Na próxima segunda-feira, em Bento Gonçalves, deve ocorrer uma reunião do Conselho Superior da Brigada Militar, reunindo todos os coronéis do Estado. De acordo com Garcia, um dos assuntos que serão discutidos é a necessidade de mais policiais para o Interior.
Já o comandante do 1º RPMon, tenente-coronel Sidenir Cardoso, afirma que o déficit pode ser ainda maior, segundo ele, de cerca de 37%. Porém, Cardoso prefere não falar em número total de policiais, por questões de segurança.
O prejuízo maior que temos com isso é em relação ao número de policiais na rua. Obviamente, com menos efetivo, temos menos condições de colocar gente na rua. A polícia sendo mais vista certamente coíbe mais os crimes diz Cardoso.
Ao ser questionado se o problema acaba se refletindo em um número maior de crimes, o comandante diz que existe uma relação, mas que esse não é o único fator responsável pela onda de criminalidade.
Tem relação com isso, mas também com o tráfico, com o problema do semiaberto. É uma soma de fatores afirma Cardoso.