5º latrocínio do ano

Corpo de funcionário de lotérica morto em assalto será sepultado em Santa Maria

Patric Chagas

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Depois de passar por duas cirurgias no coração, entre janeiro e setembro do ano passado, Valdo Jaques da Silva, 66 anos, venceu seus problemas de saúde. Cerca de cinco meses depois do último procedimento, o policial militar reformado precisou voltar ao bloco cirúrgico para, novamente, lutar pela vida. Mas, desta vez, não foi a insuficiência cardíaca que lhe devolveu à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Desta vez, foi a violência que decretou sua morte.

Valdo da Silva estava trabalhando no começo da tarde do dia 13 de março quando assaltantes entraram na lotérica Ki Sorte, de Santa Maria. Segundo a Brigada Militar, o bandido que estava na carona de uma motocicleta preta anunciou o crime assim que entrou na lotérica, localizada no Centro Comercial Trevicenter, anexo ao Supermercado Nacional, na Avenida Nossa Senhora da Medianeira. Silva era recepcionista do estabelecimento e não teria percebido que se tratava de um assalto. Inclusive, contou uma colega, ele pediu que o suspeito tirasse o capacete. Foi neste momento que o assaltante atirou no policial reformado no abdome e em uma das pernas.

Silva foi levado ao Hospital de Caridade, onde ficou internado por um mês na UTI depois de passar por uma cirurgia. Às 9h50min de domingo, ele não resistiu.

Este é o 5º latrocínio (roubo com morte) de 2014 em Santa Maria. Nos últimos 13 anos, só 2004 teve número maior de latrocínios, um crime que não é comum na cidade. Com a morte de Silva, chega a 28 o número de pessoas assassinadas no município. Conforme o delegado Sandro Meinerz, titular da Delegacia de Furtos Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), que investiga o caso, durante o tempo em que a vítima permaneceu no hospital, diversos suspeitos de roubos e assaltos foram identificados e presos. Porém, nenhum deles foi reconhecido como o autor do crime
_ Infelizmente, o caso se tornou o 5º latrocínio do ano. Ele continuará sendo uma prioridade da Defrec para darmos uma resposta à família e à sociedade _ diz o delegado.

Silva tinha quatro filhos e dois netos. Conforme sua mulher, Teresa Hartmann da Silva, 54 anos, com quem era casado há quatro anos, o número de pessoas que prestaram solidariedade à família traduz o quanto seu marido era querido por todos.
_ Ele era uma pessoa muito alegre e comunicativa. Meu marido tinha facilidade em fazer amizades e, por isso, todos gostavam muito dele _ conta Teresa. 

O corpo de Silva será sepultado às 10h desta segunda-feira, no Cemitério Ecumênico Municipal de Santa Maria. 

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