
Foto: Gabriela Perufo (BD, 14/03/2019)
Edelvânia teria ajudado a cometer o crime em abril de 2014
Edelvânia Wirganovicz, condenada pela morte de Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, foi encontrada morta neste terça-feira (22) no Instituto Penal Feminino de Porto Alegre, onde cumpria pena no regime semiaberto. O fato foi confirmado pela Polícia Penal. O crime aconteceu em abril de 2014, no município de Três Passos, no noroeste do Rio Grande do Sul.
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Segundo a Polícia Penal, Edelvânia teria cometido suicídio dentro da sua cela, por enforcamento. As circunstâncias da morte serão investigadas.
A mulher era amiga da madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, condenada a 34 anos pelo crime. Ela admitiu o crime e apontou o local onde a criança foi enterrada.
O irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, também foi condenado por participação na morte de Bernardo. Ele recebeu pena de nove anos e já está em liberdade.
Ela estava cumprindo o regime semiaberto após ter a prisão domiciliar revogada em fevereiro de 2025. Edelvânia foi condenada a 22 anos e 10 meses de reclusão por delitos de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Em 2023, uma decisão da 2ª Vara de Execuções Criminais da comarca de Porto Alegre, havia determinado que Edelvânia utilizasse tornozeleira eletrônica em razão da falta de vagas no sistema prisional.
Confira a nota da Polícia Penal:
"A Polícia Penal informa que a apenada Edelvania Wirganovicz, que cumpria pena no regime semiaberto no Instituto Penal Feminino de Porto Alegre, foi encontrada sem vida durante a tarde desta terça-feira (22).
Ela foi encontrada com sinais de enforcamento e os indícios preliminares apontam para que a própria apenada tenha cometido o ato. A Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias foram acionados para investigar o fato e as causas do óbito. A Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário também acompanha a apuração do caso."
Relembre o caso
O crime ocorreu em abril de 2014, quando Bernardo, então com 11 anos, desapareceu em Três Passos (RS). Seu corpo foi encontrado dez dias depois, enterrado em uma cova em Frederico Westphalen. O pai do menino, Leandro Boldrini, foi apontado como mentor do crime e condenado em 2023 a 31 anos e 8 meses. Graciele foi considerada a executora, com a ajuda de Edelvania Wirganovicz, condenada a 22 anos e 10 meses. Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvania, também foi condenado por ajudar na ocultação do corpo.
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