
Foto: Mateus Ferreira
Durante negociações com o PM da reserva, a Brigada Militar isolou parte da Avenida Borges de Medeiros entre a noite de domingo e a manhã desta segunda-feira
Em audiência no começo da tarde desta segunda-feira (16), a Justiça manteve a prisão do policial militar da reserva que se negou a cumprir uma ordem de busca de apreensão de arma em casa, no domingo (15), em Santa Maria. Ele foi preso na manhã desta segunda, ao se entregar à Brigada Militar, que passou a madrugada na frente da residência do PM, localizada na Avenida Borges de Medeiros, no Bairro Salgado Filho.
Por ser policial militar aposentado, ele foi levado para uma unidade da Brigada Militar em Porto Alegre, onde ficará à disposição da Justiça. O nome do PM não foi divulgado.
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A operação policial, que mobilizou sete viaturas da BM e da Polícia Civil, na noite de domingo, gerou ampla repercussão na cidade. A ocorrência teve início quando a companheira do PM saiu de casa, no sábado (14), e teria solicitado uma medida protetiva contra ele por violência doméstica.
No final da tarde, a Polícia Civil e um oficial de justiça foram até a casa do suspeito cumprir uma ordem judicial de apreensão da sua arma particular. Porém, o PM, que estava sozinho em casa, negou-se a abrir a porta da residência. Insatisfeito com a situação e demonstrando estar alterado emocionalmente, ele teria dado um tiro para o alto.
Em seguida, foi solicitado reforço à Brigada, que foi ao local e começou a negociar a rendição do policial aposentado via telefone. A área foi isolada para o trabalho das forças de segurança.
Os policiais ficaram cerca de 12 horas de campanha na frente do imóvel, até que o PM se entregou, por volta das 6h30min desta segunda. Ele teve a arma particular apreendida. Logo após, foi conduzido para a Delegacia de Polícia por uma equipe da Brigada Militar, com apoio da Polícia Civil.

Por volta das 10h, o suspeito saiu da DPPA e foi até o Posto-Médico Legal realizar o exame de corpo de delito. Em seguida ele retornou até a delegacia para prestar depoimento. Na sequência, participou da audiência de custódia na Justiça – procedimento legal para que um juiz analise as condições da prisão e decida por mantê-la ou revogá-la.
O comandante do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon), tenente coronel Marcus Giovanni Mello, diz que a prisão foi preventiva, em decorrência de desobediência e da decretação do afastamento da companheira em cumprimento a uma medida protetiva.
Mesmo que o PM da reserva tenha alegado que o tiro que disparou foi acidental, ele poderá ser investigado por disparo de arma de fogo.