Um ex-diretor daPenitenciária Estadual de Rio Grande (Perg), alvo de operação em 2023 e denunciado pelo Ministério Público (MP), foi condenado pela Justiça a 25 anos, quatro meses e sete dias de prisão pelos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de capitais. Ele também teve decretada a perda de bens no valor de R$ 1,3 milhão e perda do cargo público.
Segundo o MP, o policial penal facilitaria o ingresso de celulares, drogas e dinheiro para dentro da casa prisional do sul do Estado. Ele daria apoio a um braço de facção que dominava o comércio de botijões de gás em Rio Grande, tendo apoiado o grupo criminoso entre maio de 2021 e fevereiro de 2023. Nesse período, o ex-diretor recebeu mais de R$ 458 mil para permitir o ingresso de materiais ilícitos na penitenciária.
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Ainda conforme o Ministério Público, entre 2018 e 2023, o ex-diretor da Perg movimentou em suas contas mais de R$ 7 milhões, o que é incompatível com sua condição de servidor público e sem outra fonte de renda lícita declarada.
Dois apenados também foram condenados pelo crime. As penas são de 12 e 13 anos de prisão em regime fechado.
- A sentença vem a coroar o êxito da investigação com uma condenação exemplar para um servidor público que introduzia drogas e celulares para dentro da cadeia, acabando por obter um patrimônio expressivo e totalmente ilícito. Além dos crimes aos quais foram condenados, conseguimos também a perda do patrimônio ilícito por meio do confisco alargado, ainda que não tenha comprovação de outro crime - afirma o promotor público Rogério Meirelles Caldas.
Esta é a primeira sentença de um total de seis ações penais contra o ex-diretor da penitenciária.