Foto: Mateus Ferreira (Diário)
Dlegado regional da Polícia Civil, Sandro Meinerz, falou sobre a investigação do caso
O jovem de 18 anos que confessou o assassinato da vereadora de Formigueiro Elisane Rodrigues dos Santos, 49 anos, não informou tudo o que sabe sobre o crime à Polícia Civil. Segundo a investigação, há pontos a serem confirmados e esclarecidos em relação ao crime, que chocou os 6,5 mil moradores município na semana passada.
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A vereadora do PT, a única mulher entre os nove integrantes da Câmara local, foi morta a facadas na noite de 16 de junho em uma estrada rural da localidade de Rincão dos Machados. Ela teria sido atraída ao local, perto de onde residia, pelo assassino confesso, sob a alegação de que ele teria carnes para oferecer a ela.
Conforme o delegado regional da Polícia Civil, Sandro Meinerz, o jovem é suspeito de praticar furto de gado (abigeato), e possivelmente estaria ofertando carnes de origem ilegal, por isso mais baratas. Os investigadores querem saber se de fato isso ocorreu. Para tanto, estão sendo analisadas conversas de WhatsApp entre o suspeito e a vereadora.
Conforme a versão do jovem, o crime teria como motivação o tráfico de drogas. Ele teria sido contratado por uma facção criminosa para matar a vereadora como vingança contra o filho dela, que teria dívida de drogas com esse grupo.
Agora, a missão da polícia é verificar as diferentes versões e confirmar qual a real. O principal alvo é identificar o suposto mandante do assassinato, que seria o líder da facção. Para isso, a polícia ouvirá novamente o filho da vereadora.
– Sabemos que a confissão não foi total e, sim, parcial. Ele não revelou o nome do possível mandante – diz Meinerz.
O inquérito tem duração de 10 dias, a partir da última sexta-feira (20), para ser concluído. Mas Meinerz já adianta que a equipe do delegado Antonio Firmino de Freitas Neto, responsável pela investigação, deverá pedir prorrogação por mais 15 dias.
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