
Foto: Mateus Rossato (Diário)
Reunião realizada nesta segunda-feira (18).
Uma nova reunião será realizada na quarta-feira (18) para definir se a planilha de custos da tarifa do transporte público de Santa Maria será aprovada ou não. Nesta segunda-feira (16), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o Sindicato dos Contabilistas apresentaram seus relatórios durante o encontro do conselho, realizado na sede do Sindicato dos Trabalhadores e Condutores de Veículos Rodoviários (Sitracover). O DCE se posicionou contra o reajuste e destacou problemas como a qualidade da frota e a oferta de horários. Já o Sindicato dos Contabilistas não apontou falhas nos cálculos da tarifa.
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Nesta ocasião, o diretor da Associação dos Transportadores Urbanos (ATU), Edmilson Gabardo, solicitou vistas à planilha apresentada, enquanto o DCE e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) solicitaram vistas do relatório apresentado pelo Sindicato dos Contabilistas para uma revisão dos dados. Agora, a análise será feita pelas entidades em até 48h, e a votação final deve ser feita na quarta.
Atualmente, a tarifa técnica é de R$ 6,85, mas o valor cobrado é de R$ 5 ao usuário. No entanto, a prefeitura admite que não deve ter todo o dinheiro para aumentar o subsídio e manter esse valor na roleta. A nova planilha prevê um reajuste de 11%, dos atuais R$ 6,85 para R$ 7,65. Caso a nova tarifa seja aprovada pelo conselho, ela será utilizada como base para o valor pago às empresas de ônibus.
A possibilidade de aumentar o valor da passagem preocupa a população que depende diariamente do transporte. No entanto, o presidente do Sitracover, Rogério Costa, Costa explica que os R$ 7,65 da tarifa técnica não devem ser o valor a ser pago pela população.
— Tanto a tarifa como o subsídio, são questões entre o Executivo e os empresários, mas lógico que praticamente 50% desse valor é referente aos salários e às leis sociais. Acredito que essa tarifa de R$ 7,65 não deverá ficar para o passageiro. Esse valor talvez tenha algum reajuste, porque hoje ela tá em R$ 5, uma diferença muito grande. São R$ 2,65 para a prefeitura bancar como subsídio (por passageiro), e a própria prefeitura alega que "está mal de dinheiro". Então, eu acredito que talvez tenha algum reajuste nos R$ 5 direto para o passageiro — explica
Se o novo valor for aprovado na quarta, a nova tarifa deve entrar em vigor até o final da semana, confirme prevê o presidente do Sitracover. Porém, não há prazo exato, pois a decisão final caberá ao prefeito, após análise técnica e financeira para saber quanto o município poderá repassar de subsídio até o final do ano.
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