Foto: Arquivo Diário
O deputado Beto Fantinel, do MDB, foi o quarto suplente de seu partido na eleição de 2018. Obteve, então, 29.753 votos, dos quais 3.443 em Santa Maria. Três anos depois, por injunções internas, que envolveram o resultado da eleição municipal de 2020 e até a nomeação de um parlamentar da sigla para o Tribunal de Contas, virou titular na Assembleia.
Mais que isso, o desempenho como deputado foi bom o suficiente para catapultar sua campanha e fazê-lo, no pleito recém-concluído, o segundo emedebista mais votado para o parlamento estadual, agora com 49.771 votos, 6.958 deles na boca do monte.
A história do emedebista não é única. Não é o primeiro suplente que vira titular ou se reelege. Mas ter sido o quarto e alcançar tamanho resultado posterior é mais raro. A questão é: haverá outro Fantinel? E será na próxima Legislatura?
Certamente algum suplente vai virar titular, mesmo que por tempo limitado. Dependerá de quem será o governador ou o presidente e da convocação de deputado eleito, da eleição de 2024 e de outras injunções. Mas sonhar não custa nada.
Pelo sim, pelo não, a coluna pesquisou e entrega ao leitor a lista completa de suplentes, à razão de dois para cada partido ou Federação, tanto na Assembleia quanto na Câmara. Vai que esteja, entre eles, um novo Fantinel. Acompanhe:
Assembleia Legislativa:
Federação PSDB/Cidadania: Jesse Sangali – Cidadania (21.591 votos), Zilá Breintenbach – PSDB (21.521)Federação PSol/Rede – ambos do PSol: Karen Santos (40.553) e Fernanda Miranda (17.666)Federação PT/PC do B/PV – ambos do PT: Halley (36.150) e Ana Affonso (35.256)MDB – Rafael Librelotto (33.930) e Carlos Burigo (33.611)NOVO – Giuseppe Riesgo (28.209) e Douglas Sandri (15.591)PDT: Airton Artus (24.319) e Tiago Cadó (20.060)PL: Camila Nunes (25.500) e Marcio Patussi – 23.185Podemos: Airton Lima (27.116) e Faisal Karam (13.028)PP: Professor Issur (27.977) e Salmo (27.824)PSB: José Stedile (14.976) e Giovani Wickert (13.650)PSD: Dimas (27.956) e Gio Krug (11.631)PTB: Adriano Bressan (8.180) e Evandro Meirelles (6.963)Republicanos: Fran Somensi (23.615) e Lilico Mella (19.963)União Brasil: Barbara Penna (24.261) e Ruy Irigaray (17.109 votos)Câmara dos DeputadosFederação PSDB/Cidadania – ambos do PSDB:Nelson Marchezan Júnior (62.599 votos) e Marisol Santos – 23.929Federação PSOL/Rede – ambos do PSol: Jurandir Silva (16.933) e Humberto Matos (8.236)Federação PT/PC do B/PV – ambos do PT: Reginete Bispo (19.728) e Anacleto Zanella (19.281)MDB: Giovani Feltes (91.887) e Marco Alba (68.245)NOVO: Fabio Ostermann (25.894) e Sâmila Monteiro (6.908)PDT: Juliana Brizola (68.865) e Paulo Burmann (22.791)PL: Bibo Nunes (76.521) e Rossano Gonçalves (17.275)Podemos: Mauricio Dziedricki (74.310) e Lasier Martins (26.692)PP: Sérgio Turra (87.355) e Erick Lins (31.089)PSB: Dalciso Oliveira (38.251) e Mario Bruck (15.280)PSD: Luciano Azevedo (77.249) e Fábia Richter (36.038)Republicanos: Ronaldo Nogueira (37.932) e Marcelo Brum (24.684)União Brasil: Douglas Maestro Pifador (35.538) e José Fortunati (24.298).
Mesa da Câmara sobrevive às divergências da campanha
Foto: Arquivo Diário
Há pouco mais de ano, os atuais dirigentes da Câmara de Vereadores, de certa maneira, surpreenderam: fizeram acordo de validade anual, sem estendê-lo ao restante da Legislatura.
E não é porque inexistisse convicção, como disse um líder do grupo. A preocupação, então, seria o comportamento na campanha eleitoral, de vez que as divergências ideológicas entre seus integrantes são óbvias, não obstante a unidade administrativa que motivou a junção.
Pois bem, passado o primeiro turno e em meio à campanha no segundo, o entendimento é que o grupo passou com louvor pelo teste eleitoral. Tanto que se encaminha, é o que aparenta, ao menos, fácil renovação do acordo. Quem sabe, agora, para os próximos dois anos.
O próximo presidente, a suceder o petista Valdir Oliveira (foto), deve ser do PSDB, Juliano Soares ou Givago Ribeiro. Admar Pozzobom já ocupou o cargo, na Legislatura anterior. E o seguinte, e último do período, inclusive como prêmio pelo encerramento da caminhada parlamentar, será Manoel Badke, futuramente do PL.
Completam o grupo dirigente e que poderá receber adesões (há quem creia), o petista Ricardo Blattes, o comunista do B Werner Rempel, os republicanos Alexandre Vargas e Getúlio de Vargas, a pedetista Luci Duates e o emedebista Adelar Vargas.
PDT gaúcho, segundo turno e a discordância do presidente local
Foto: Fabrício Vargas (Divulgação/Arquivo)
Direção estadual do PDT decidiu recomendar voto em Eduardo Leite, no segundo turno. Sem condições aparentes, exceto a questão da democracia, no entendimento dos líderes, melhor defendida pelo tucano.
A posição, porém, sofre contestação do presidente da sigla na comuna. Marcelo Bisogno (foto), em mensagem ao colunista, queria, no mínimo, uma posição de Leite contra a privatização da Corsan, luta do partido e que tem, nas palavras do dirigente, o prefeito de São Sepé, João Luiz dos Santos Vargas, do PDT, como um dos baluartes na briga pela manutenção da empresa sob controle estatal.
Bisogno também refere a luta dos deputados estaduais, “que fizeram de tudo para que o governo e seus aliados não avançassem sobre o tema”, mas foram derrotados pela “máquina do PSDB”.
O descontentamento terá alguma repercussão? O colunista nããão sabe. E ponto.
Luneta
UM LADO
Campanha presidencial, ainda que sem a presença física dos candidatos, tem atos em Santa Maria neste segundo turno. Um deles, dos apoiadores regionais do ex-presidente Lula, acontece na manhã deste sábado, na Praça Saldanha Marinho. A concentração ocorre às 10h e a caminhada “popular suprapartidária” começa uma hora depois. Às 11h30, também na região central, se realiza um ato público dos militantes.
OUTRO LADO
O mesmo movimento se dá na campanha estadual. Neste sábado, a partir do meio dia, Gabriel Souza, candidato a vice-governador da coligação “Um Só Rio Grande”, conduz encontro regional suprapartidário, no CTG Sentinela da Querência, em Camobi. Espera-se a presença, além de correligionários do partido do vice, o MDB, também tucanos e de outras siglas adeptas da candidatura de Eduardo Leite ao Piratini.
E TAMBÉM…
Não se imagina que apenas lulistas e leitistas se movimentam em Santa Maria no fim de semana que, afinal, é o antepenúltimo antes do pleito. Também haverá atos de campanha dos candidatos a Presidente, Jair Bolsonaro, e a Governador, Onyx Lorenzoni, ambos do PL. As campanhas, diferentes das dos seus (deles) adversários, são casadas e, pela cidade, aparecerão militantes que defendem os dois concorrentes.
SEM PUNIÇÃO
Foto: Arquivo
Não há tradição no MDB de castigar quem quer que seja que saia da linha. Dito isto, pode esperar sentado quem imagina alguma punição ao deputado federal (reeleito) Osmar Terra e ao vereador santa-mariense Tubias Calil (foto). Ambos deram uma banana à orientação partidária e apoiam, com fervor e publicamente, o adversário da agremiação a que estão filiados, na disputa ao Palácio Piratini.
PARA FECHAR!
Em lua de mel com seu deputado estadual reeleito, Beto Fantinel, MDB de Santa Maria já pensa seriamente na eleição municipal de 2024. Por inspiração do próprio líder ungido pelas urnas de outubro, ninguém entre os ouvidos pelo colunista imagina repetir a posição subalterna ostentada nos últimos dois pleitos paroquiais, quando apresentou-se como vice do PSB e do PP, respectivamente. A conferir.