O Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) voltou a receber internações na UTI Neonatal e no Centro Obstétrico no último final de semana. Desde o dia 19 de setembro, os serviços tinham sido suspensos em função da presença da Klebisiela Pnemonáe (KPC), conhecida como superbactéria, por ser altamente resistente à ação dos antibióticos e pode levar à morte. Um recém-nascido morreu, há menos de um mês, com sintomas de infecção causada pela superbactéria e em outro bebê foi confirmada a presença da KPC no corpo, ou seja, colonizada, não no sangue.
A unidade voltou a receber pacientes de alto risco porque nos últimos exames, chamados de cultura de vigilância epidemiológica, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) não detectou a presença da superbactéria nas crianças nem no ambiente. A chefe da Unidade de Cuidados Intensivos, Marines Casarotto explica que estes são exames de rotina.
Hospital Universitário de Santa Maria confirma presença de superbactéria
O resultado dos últimos exames que fizemos de coletas de sangue, secreções pelo corpo das crianças e coleta nos aparelhos e no ambiente, deram negativos, isso quer dizer que teoricamente não temos mais a presença da superbactéria na unidade, estamos mais tranquilos. Liberamos as internações para as urgências, mas temos que respeitar a nossa capacidade de vagas – comenta a médica.
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Até a tarde de hoje haviam dez crianças internadas na Unidade de Alto Risco, uma delas continua no Isolamento de Alto Risco. É o menino que nasceu no dia 12 de agosto, prematuro, com 625 gramas e outros problemas de saúde. Como a bactéria é muito agressiva, o bebê vai continuar isolado por questões de segurança dele e de outros pacientes.
– Essa foi uma decisão da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), vamos fazer uma espécie de vigilância e mais exames. Como a superbactéria pode ter um comportamento “dissimulado”, ela ficar em uma superfície que não foi detecta – ressalta Marines.
O Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), atende 44 municípios da região.
ENTENDA
– 12 de setembro – Recém-nascido morre com sintomas de infecção causada pela superbactéria Klebisiela Pnemonáe (KPC)
– 19 de setembro – Direção do Hospital Universitário (Husm) suspende internações na UTI Neonatal e no Centro Obstétrico e confirma a presença da superbactéria na unidade que fica no 6º andar
– Na época, 14 crianças estavam internadas, todas passaram por exames. A capacidade é para 10 leitos
– Foi detectada a presença da superbactéria em um menino que nasceu no dia 12 de agosto com 625 gramas – ele precisou ser isolado para tratamento
– Nesta segunda-feira- UTI Neonatal e Centro Obstétrico do Husm voltam a receber pacientes de alto risco. De acordo com o resultado de exames feitos no ambiente e de sangue nas crianças, não foi detectada a presença da superbactéria. Bebê está com 51 dias e continua isolado. O estado de saúde é grave e inspira cuidados