
A queda na arrecadação federal está gerando um grande aperto nas contas públicas. Além de o Ministério da Educação (MEC) ter anunciado o corte de 20% nas previsões de verbas para custeio (luz, limpeza, segurança...) e de 60% para investimento (obras e equipamentos), outro problema é na hora repassar realmente o dinheiro.
Desde o final de 2014, a UFSM vem sofrendo com os atrasos no recebimento de verbas. E agora em maio, já começou o mês com uma dívida de R$ 15,9 milhões com seus fornecedores. A situação preocupa o pró-reitor de Administração, José Carlos Segalla, porque na última quinta-feira, só chegaram R$ 4,3 milhões. É bem menos que em meses anteriores e o suficiente para pagar apenas parte das dívidas com limpeza, segurança, obras e outros fornecedores. Dessa forma, a UFSM começa o mês já devendo R$ 11,6 milhões, dívida que pode se acumular ainda mais.
Há empresas que ainda não receberam por serviços feitos em fevereiro. Ele enviou relatório ao MEC pedindo mais verbas, mas não sabe se virá mais este mês. Se seguir assim, há risco de que, no final do ano, algumas obras tenham de parar.