Tiroteio em hospital de Cruz Alta assusta pacientes e funcionários

Um tiroteio no Hospital São Vicente de Paulo, em Cruz Alta, apavorou pacientes e funcionários no início da tarde de sexta-feira. Dois homens armados em uma motocicleta perseguiram um carro que foi alvejado por tiros no estacionamento do hospital. Uma das vítimas morreu no local, e a outra foi ferida no braço.

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Segundo o delegado Josuel Muniz, da 2ª Delegacia de Polícia (DP) de Cruz Alta, o primeiro alvo foi o motorista do veículo, Wilian Poli Pereira, 20 anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu no estacionamento. O carona do veículo e tio de Wilian, Elias Poli Trindade, 35 anos, buscou refúgio dentro do pronto-socorro do hospital depois dos primeiros disparos. Ele foi perseguido por um dos homens, que atirou contra uma porta de vidro e, depois, efetuou mais um disparo dentro da instituição. O segundo tiro atingiu outra porta do Hospital São Vicente de Paulo. Trindade foi internado e passou por cirurgia. Depois, os autores dos disparos fugiram de moto.

O delegado afirma que já há uma forte linha de investigação e suspeitos para o caso. Ele espera ter uma resposta nos próximos dias.

A assistente social do hospital, Fátima Bronzatti, estava na instituição no momento do crime. Ela conta que o tiroteio começou a duas quadras da unidade e que a polícia chegou logo em seguida. Fátima afirma que a porta de vidro foi atingida pelo carro em que as vítimas estavam, e não por um tiro.

– Foi tudo muito rápido, e estamos assustados. Depois de arrebentar a porta de vidro, o veículo parou, e havia dois homens dentro. Um saiu e entrou procurando abrigo no hospital. De repente, outro homem armado entrou atrás efetuando tiros contra o que tinha acabado de entrar. Depois, ele voltou e deu mais tiros no homem que havia ficado dentro do carro – conta a assistente social.

Ainda de acordo com Fátima, até a noite de sexta-feira as entradas do hospital estavam fechadas. Além disso, dois seguranças extras foram contratados para vigiar o local onde a porta foi danificada. Apesar do transtorno, o atendimento segue normal. A orientação, porém, é que os pacientes consultem na UPA municipal. A direção do São Vicente de Paulo já notificou o Ministério Público, a Coordenadoria Regional de Saúde e o Conselho Municipal de Saúde.