A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) do Ministério da Saúde recomendou a incorporação do fumarato de dimetila ao Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas para o tratamento da esclerose múltipla no Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento será disponibilizado para uso após falha com betainterferona ou glatirâmer. As informações são da Biogen.
Seminário sobre construção de memorial às vítimas da Kiss emocionou familiares
Com a nova inclusão, os pacientes terão a oportunidade de contar com mais um medicamento oral para o controle da doença, que também contribui de forma significativa para a aderência ao tratamento. O fumarato de dimetila é indicado para esclerose múltipla recorrente-remitente (EMRR), que é a manifestação mais comum da doença.
A terapia foi aprovada para uso no Brasil em 2015, e é considerada o medicamento oral para tratamento da esclerose múltipla mais prescrito no mundo, com 240 mil pacientes tratados. Entre abril e maio de 2017, a Conitec realizou consulta pública (CP nº 21) sobre a incorporação do fumarato de dimetila pelo SUS. A consulta resultou em mais de 1.500 manifestações, majoritariamente a favor da incorporação.
Filme, debate e show fazem parte da programação do Setembro Amarelo
A vasta participação da comunidade médica e de pacientes na consulta pública reforça a importância da disponibilização de novos tratamentos para os diferentes tipos de esclerose múltipla e a necessidade de ampliar o arsenal de medicamentos disponível aos pacientes. No Brasil, existem mais de 30 mil pessoas afetadas pela doença. De causa ainda desconhecida, a esclerose múltipla é uma doença que atinge adultos jovens e compromete o sistema nervoso central.
É caracterizada pela desmielinização da bainha de mielina, envoltório do axônio por onde passam os impulsos nervosos. A esclerose múltipla é caraterizada por um processo de inflamação crônica de natureza autoimune que pode causar desde problemas momentâneos de visão, falta de equilíbrio até sintomas mais graves, como cegueira e paralisia completa dos membros. A doença é uma das principais causas de incapacidade de jovens adultos, com idade entre 20 e 40 anos, e é mais frequente entre as mulheres.