Quais são as alternativas para sanar a crise no transporte público em Santa Maria; nova tarifa entra em vigor neste domingo

Quais são as alternativas para sanar a crise no transporte público em Santa Maria; nova tarifa entra em vigor neste domingo

Foto: Renan Mattos (Diário/Arquivo)

A partir deste domingo (6), Santa Maria terá a segunda maior tarifa de ônibus entre as 10 maiores cidades do Rio Grande do Sul. O motivo é novo valor da tarifa do transporte público anunciada no início desta semana pelo prefeito Rodrigo Decimo (PSDB). Com o novo reajuste, o valor máximo pago em dinheiro chega a R$ 6,50. No cartão vale-transporte e no cartão-cidadão (que corresponde a 70% do total de usuários), a tarifa sobe 90 centavos, e passa a custar R$ 5,90. A tarifa de integração – cobrada quando o passageiro utiliza dois ônibus em curto intervalo de tempo – fica em R$ 3,82 no segundo ônibus. Estudantes pagarão R$ 3,25, e na integração, R$ 1,62. 

 

O primeiro lugar na lista de tarifas mais caras só não se dá por conta do preço da passagem paga no dinheiro em Caxias do Sul, onde o valor chega a R$ 7,50. No entanto, lá há opções mais baratas com cartão: R$ 5,45 no geral e R$ 4,45 em horários de entrepico. 

  

O novo valor também é superior ao praticado em Porto Alegre (R$ 5), Canoas (R$ 4,80) e Pelotas (R$ 6). Apenas Bento Gonçalves e Venâncio Aires, entre municípios com mais de 50 mil habitantes, cobram mais: R$ 6,60. No cenário nacional, entre as capitais, Santa Maria só fica atrás de Florianópolis, que tem tarifa de R$ 6,90 em dinheiro e R$ 5,75 no cartão. 

 
A cada aumento, a indignação dos usuário aumenta em função da prestação do serviço. Frota antiga, diminuição de linhas e condições dos coletivos são alguns dos problemas apontados por quem ainda depende do ônibus para se locomover em Santa Maria. Dados enviados pela prefeitura à reportagem mostram uma redução drástica de passageiros ao longo dos anos, ao mesmo tempo em que os gastos públicos com o sistema cresceram.

Diante da queda expressiva no número de passageiros e do custo cada vez mais alto da tarifa e do subsídio, o que fazer para salvar o sistema de transporte coletivo? O Diário ouviu o sindicato dos motoristas e cobradores (Sitracover), a Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) e o Diretório Central de Estudantes da UFSM. Entre as sugestões, corredores exclusivos de ônibus para garantir vantagem ao transporte coletivo e maior valor em subsídio ou tarifa zero, com apoio dos governos federal e estadual (leia abaixo). O desafio seria conseguir mais de R$ 85 milhões a cada ano para bancar a passagem de graça a todos. A propósito, a falta de uma política nacional de incentivo ao transporte coletivo sempre foi criticada pelo setor e por especialistas na área, já que todo o custo dos ônibus fica com quem paga a passagem e também com as prefeituras, que têm os cofres limitados para bancar mais subsídio da tarifa.


Entidades ligadas ao transporte dizem o que esperam para o futuro do sistema em Santa Maria.


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Número de passageiros caiu

Foto: Rian Lacerda (Diário)

Em 2011, o transporte coletivo de Santa Maria transportava mais de 31 milhões de passageiros por ano. O maior pico foi em 2012, com 34 milhões. Desde a pandemia quando os passageiros em grande maioria migraram para carros de aplicativo, a quantidade só caiu.  Com a pandemia, o número despencou: 12,7 milhões em 2020 e 12,2 milhões em 2021. 

 

Mesmo com a queda no número de passageiros e sem retorno de muitos, a recuperação tem sido lenta e estável. Em 2023, 17,6 milhões de usuários utilizaram os ônibus. Neste ano, até o fim de maio, foram 6,9 milhões. Mesmo com uma leve melhora, o sistema ainda opera com menos da metade do movimento registrado há uma década. 


Em números: 

  • 2011: 31.850.911
  • 2012: 34.072.280
  • 2013: 32.820.628
  • 2014: 32.360.963
  • 2015: 31.426.024
  • 2016: 30.653.119
  • 2017: 30.639.469
  • 2018: 29.851.220
  • 2019: 28.756.097
  • 2020: 12.785.427
  • 2021: 12.280.546
  • 2022: 17.197.462
  • 2023: 17.688.434
  • 2024: 17.371.880
  • 2025: 6.901.392 (de jan a maio)


Gasto público aumentou  

Em 2023, o município repassou R$ 6 milhões em subsídios para manter o sistema funcionando. Em 2024, esse número já chega a R$ 20 milhões. Com o valor, a prefeitura manteve a passagem a R$ 5 enquanto a tarifa técnica era de R$ 6,85.  


Quem anda de ônibus continua enfrentando problemas antigos  

Foto: Renan Mattos (Diário/Arquivo)

Para os santa-marienses, encontrar ônibus com algum tipo de problema não é uma tarefa difícil. A frota, segundo a prefeitura, tem idade média de nove anos. Dentre todos os 185 ônibus, apenas 20 veículos têm ar-condicionado, a maioria destes são os mesmos coletivos recebidos este ano pelas empresas. 


De acordo com o Executivo, nos últimos três anos, 38 ônibus foram adquiridos, sendo 24 só no ano passado. Ainda assim, a maior parte da frota circula com veículos mais antigos. Atualmente, a cidade conta com cerca de 250 linhas, sendo apenas 55 como as principais.  


Região oeste concentra maior demanda 

Os bairros Tancredo Neves, Nova Santa Marta, Parque Pinheiro Machado e Alto da Boa Vista concentram a maior parte dos usuários. A reportagem do Diário visitou em três ocasiões estes bairros e ouviu diferentes relatos. Falta de parada de ônibus, espera por ônibus, qualidade do serviço ruim, coletivos em péssimo estado. E, sobretudo, indignação com aumento da passagem estão entre os mais problemas reclamados pelos passageiros. 


A servente de limpeza Marilene Costa Soares, 68 anos, critica as condições. Moradora do Bairro Pinheiro Machado, ela afirma que precisa pegar quatro ônibus por dia e que, com a nova passagem, deve sentir o aumento no bolso e não na qualidade do serviço. 


– Muito caro. O salário não aumenta, e os ônibus continuam na mesma. Tem ônibus que não dá para andar. É complicado. Não adianta aumentar a passagem e manter o mesmo serviço – afirma.  


Rosane Vargas Silva, 63 anos, reclama das "péssimas" condições da frota e da superlotação nos horários de pique: 


– Ruins os ônibus, ruins mesmo. E quando enche, é um se esfregando no outro. Nos últimos anos, não vi nenhuma frota nova. 

Condições das paradas preocupam

Foto: Vinicius Becker (Diário)

O Diário percorreu diversas paradas de ônibus desta região durante o último mês.  Muitos usuários do transporte coletivo em Santa Maria convivem com a ausência de estrutura nas paradas de ônibus. Em dias de frio ou chuva, a falta de proteção contra o vento e o tempo torna a espera ainda mais difícil.


Na Avenida São Marcelino Champagnat, no Bairro Nova Santa Marta, a reportagem ouviu passageiros que utilizam a linha Alto da Boa Vista. Um dos relatos foi o de Andressa Martins, 30 anos, atendente de restaurante, que há dois anos depende do transporte para ir ao trabalho. Ela aguardava o ônibus em um "ponto" sem placa, sem cobertura e sem banco.


Na ocasião, a prefeitura informou que uma equipe técnica iria até o local para verificar a situação. A reportagem voltou à parada na última semana. Nada havia mudado.


Nesta quinta-feira (4), ouvindo mais passageiros, a reportagem encontrou uma parada de ônibus completamente destruída em função de uma possível colisão com um coletivo. Sem conserto há mais de um mês, o morador Marco Antonio Proença, 47 anos, cobra melhores condições. Além disso, o pedreiro afirma ter que usar sempre dois sapatos por conta da lama na rua em que mora. O segundo calçado, ele coloca na chegada ao Centro para poder trabalhar.  


–  Chovendo, não tem como pegar ônibus (na parada danificada). Derrubaram, nunca mais vieram arrumar. Já foi ligado umas 10 vezes, ninguém veio arrumar. 


Sobre a reivindicação do morador e passageiro, a prefeitura informa que a Secretaria de Serviços Públicos, faria a retirada da parada danificada ao longo da sexta-feira (4).  

 

Números divergentes

A folha salarial dos trabalhadores do setor gira em torno de R$ 4 milhões por mês. Atualmente, a prefeitura informou que o sistema conta com 375 motoristas e 94 cobradores. Já a Sitracover forneceu números diferentes em relação ao número de trabalhadores. Segundo o sindicato, seriam 55 cobradores e 270 motoristas. 


A retirada de parte dos cobradores foi uma das alternativas encontradas para reduzir o custo da operação. De acordo com a prefeitura, se todos os ônibus ainda contassem com cobradores, a tarifa técnica seria de R$ 8,76. 

Foto: Eduardo Ramos (Diário/Arquivo)

No entanto, o presidente do Sitracover, Rogério da Costa, relatou na Comissão de Políticas Públicas na quinta-feira (03), que, foi “criada uma narrativa” de que a demissão dos cobradores deveria acontecer para que a passagem não fosse reajustada. Mas que tal argumento não se confirmou e a passagem seguiu sendo reajustada:  

 

– Vão tirar os motoristas e vai seguir aumentando a tarifa. 


O sindicato, que paralisou recentemente, reivindica uma reposição de 10,56% para os trabalhadores. O sindicalista defendeu tarifa zero e argumentou que 186 municípios no Brasil já adotam esse sistema. 


– Não tem vontade política – opina. 

 

Transporte coletivo de Santa Maria

Subsídios repassados pela prefeitura
R$ 6 milhões em 2023 / R$ 20 milhões em 2024
Número de passageiros por ano
2012: 34,0 milhões / 2019: 28,7 milhões / 2023: 17,6 milhões

2024: 17,3 milhões / 2025 (jan–mai): 6,9 milhões
Número de linhas
Aproximadamente 250 (55 principais)
Regiões com maior demanda
Tancredo Neves, Nova Santa Marta, Parque Pinheiro Machado, Alto da Boa Vista
Motoristas e cobradores
375 motoristas / 94 cobradores
Custo mensal com pessoal
R$ 4 milhões (50% do custo do sistema)
Frota atual
Idade média: 9 anos / 38 ônibus novos desde 2022
Ônibus com ar-condicionado
20 veículos
Tarifa atual
R$ 6,50 (dinheiro) / R$ 5,90 (cartão)


Licitação

A nova licitação do transporte público, que deve ser lançada até 22 de julho, prevê uma frota de 192 ônibus – distribuídos entre micro-ônibus, ônibus básico e ônibus padron – destes, 54 terão ar-condicionado. A nova licitação também deve prever que a renovação da frota poça ter ônibus com idade máxima de oito anos. 


No entanto, se as mesmas empresas assumirem novamente o transporte público da cidade, os 192 ônibus previstos na licitação não necessariamente seriam veículos zero km, já que a nova proposta prevê idade máxima de oito anos. Caso a empresa já possui veículos com esta idade, restaria somente a compra de outros modelos de menor porte e com refrigeração. 


Principais pontos sobre a licitação do transporte público:


Renovação da Frota

O novo edital deve estabelecer que ônibus com mais de 8 anos devem ser retirados de circulação automaticamente. As empresas vão precisar comprovar que possuem uma frota mínima dentro dessa faixa etária para atender à qualificação técnica exigida.


Concessão e Participação de Empresas

É provável que a concessão seja assumida por um consórcio de empresas, dado o tamanho da frota necessária para operar em Santa Maria. Sendo possível as mesmas atuais empresas participar. 


Impacto para o Usuário

Na prática, os passageiros notarão mudanças conforme os ônibus forem renovados, mas isso ocorrerá de forma gradual. Existe uma preocupação de que, caso as mesmas empresas que operam atualmente vençam a licitação, a população perceba apenas o aumento da tarifa sem mudanças visíveis na frota. 


Qual as possíveis soluções para o transporte coletivo?


Diante de todos os problemas do transporte coletivo de Santa Maria, usuários se perguntam como será o futuro do sistema. Os mesmos questionamentos foram feitos aos principais órgãos ligados ao tema, para saber o que cada um espera como solução para o transporte público de Santa Maria. 


" A melhoria dos serviços depende diretamente do setor público, por meio de iniciativas que facilitem a mobilidade das pessoas em seus deslocamentos. Para isso, existem algumas premissas fundamentais para que os serviços cumpram seu papel. Entre elas, podemos citar:

Um sistema viário em que os ônibus tenham prioridade de circulação, reduzindo o tempo de viagem para o usuário. Os ônibus não podem ser reféns dos congestionamentos, nos quais a velocidade média de um veículo é de 15 a 17 km/h, resultando em um tempo elevado de deslocamento. Por exemplo, um menor tempo de viagem entre residência e trabalho, ou entre residência, escola e faculdade.

Para tanto, o investimento em faixas exclusivas e vias prioritárias deve ser uma política de governo voltada à população.

Da mesma forma, é necessário ter uma política tarifária que garanta o equilíbrio econômico-financeiro dos serviços e que a cobrança de tarifas considere a capacidade de pagamento dos usuários, por meio de subsídios e/ou tarifa zero.

Para isso, o aporte de recursos deve vir não apenas do município, mas também dos governos federal e estadual." 

Associação dos Transportadores Urbanos (ATU)



"A realidade é que o transporte público está em crise — e não é de hoje. Faz muito tempo. E Santa Maria, além de não buscar resolver o problema, não o enfrenta. Ao contrário: parece se afundar cada vez mais num poço do qual nem sabemos onde vai parar. Sabemos que dezenas de cidades enfrentam problemas semelhantes na crise do transporte público. Mas, no nosso caso, o que essa situação reflete?

Primeiro, é muito cômodo para os últimos governos — incluindo o atual — manterem a lógica já posta do transporte público. Essa lógica não muda. Implementaram o subsídio, que banca milhões para garantir as empresas, e, mesmo assim, a política segue baseada em aumentar a passagem sempre que consideram conveniente. Isso mostra claramente um comodismo com o modelo atual, mesmo que a população seja extremamente prejudicada.

O que avaliamos que precisa ser feito?

Antes de tudo, é preciso vontade política para enfrentar, na raiz, o problema do transporte público. Há cidades que estão de fato assumindo esse enfrentamento, conectando a qualidade do serviço com as demandas reais da população. Muitas já estão implementando a tarifa zero, que é uma medida fundamental por garantir efetivamente esse direito social.

Também é necessário, a médio e longo prazo, repensar uma lógica que nos parece evidente: o modelo de concessão pública para empresas privadas impõe limites à garantia do transporte como direito social. Por isso, o primeiro passo deve ser melhorar a qualidade do serviço, ampliar as linhas e implantar com urgência a tarifa zero. Para isso, defendemos a criação de um fundo municipal de investimento que viabilize essa política.

A médio e longo prazo, também é necessário discutir a mudança desse modelo de concessão, para a criação de uma empresa pública de transporte coletivo em Santa Maria — como já acontece em outras cidades. Maricá, por exemplo, é um dos grandes exemplos de quem tem enfrentado a crise com coragem. E há dezenas, até centenas de cidades no país começando esse processo a partir da tarifa zero.

Essa é a nossa leitura sobre o que precisa ser feito para enfrentar a crise. Coisa que, em Santa Maria, nem de longe está sendo feita. Como dissemos, há um comodismo muito evidente por parte do governo, e a lógica segue a mesma."

Diretório Central dos e das Estudantes (DCE)


Já existe 186 cidades comandadas por partidos de esquerda e de direita com Tarifa Zero, acho que aí é a solução. O modelo de Juiz de Fora MG os empresários com mais de dez funcionários depositam os valores destinados ao pagamento do vale transporte num Fundo Municipal do Transporte, também tem subsídios do município e federal.

Sitracover


"No Brasil e no mundo verifica-se a acentuada retração no número de usuários do transporte público urbano, notadamente intensificada nos últimos anos. Esta situação deve ser compreendida sob a ótica de um fenômeno sistêmico, multifatorial e de natureza estrutural, cuja gênese antecede a pandemia de COVID-19 — que agiu como um catalisador de um colapso progressivo já em curso, revelando de forma contundentes fragilidades operacionais, financeiras e institucionais do setor.

Um dos principais fatores é a perda contínua de atratividade do transporte coletivo, decorrente de um conjunto de razões interdependentes, como: mudanças nos padrões de mobilidade e comportamento dos usuários, a crescente motorização individual estimulada por modelos urbanos centrados no automóvel e por estímulos governamentais, e a consolidação de plataformas digitais de transporte sob demanda, que oferecem maior conveniência, adaptabilidade e “percepção” de segurança.

Simultaneamente, o sistema convencional de transporte público urbano enfrenta limitações críticas no que tange à sua infraestrutura física e operacional — como defasagem tecnológica, descompasso da oferta com a demanda em termos de frota, grade horária e controle da operação, engessada por vários motivos e que não atende às necessidades ou requisitos esperados. Além da insuficiência da malha viária exclusiva, aliada à baixa frequência e confiabilidade dos serviços, muito pelos congestionamentos nos horários de pico e ausência de um conjunto de elementos que garantem a eficiência, segurança e conforto dos usuários, incluindo vias, terminais, estações, pontos de ônibus, sistemas de sinalização e equipamentos de apoio e a oferta de informações em tempo real, associado as tarifas elevadas, motivadas pelos aumentos de custos, sem contrapartida em qualidade.

Tais deficiências, agravadas pela ausência de subsídios estruturantes e de um marco regulatório robusto, impedem a adoção de soluções baseadas em engenharia de sistemas de transportes, como a racionalização de linhas, integração intermodal eficiente, bilhetagem eletrônica inteligente e redes hierarquizadas. Esse cenário, infelizmente perpetua um ciclo degenerativo, no qual a evasão de passageiros compromete a sustentabilidade econômica do sistema, reduz sua capacidade de reinvestimento e acelera a degradação dos níveis de serviço — desvirtuando, assim, a função estratégica do transporte público como instrumento de equidade social, ordenamento territorial, descarbonização urbana e promoção do direito pleno à mobilidade.

Santa Maria reflete os gargalos nacionais e pelos dados apresentados apresenta acentuada retração no número de usuários. Entre outras soluções ou oportunidades o  edital de concessão é um passo valioso, mas por si só não resolve, se não contar com melhorias significativas, como: com frota moderna, integração tecnológica e mecanismos de governança clara.

A tarifa, por sua vez é um resultado de custos fixos e variáveis pagos pelos usuários ou de subsídios. Em vez de apenas reduzir custos e, portanto, da oferta de um sistema atrativo é importante ser acompanhado por subsídios inteligentes, ajustes ao perfil de usuários e modelos operacionais flexíveis.

A cidade tem potencial para criar um sistema eficiente, atrativo e adaptado às transformações do trabalho e da mobilidade urbana. Isso demanda um esforço e vontade política, recursos financeiros, com foco em qualidade e estratégias para um sistema de transportes públicos eficiente, como caminho para reverter a queda do transporte público."

Professor doutor Carlos Kümmel Félix, da UFSM, que pesquisa mobilidade urbana

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POR

Rian Lacerda

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