Vimos que o Brasil todo carece de presídios. Com a Operação Lava-Jato, políticos e empresários estão ocupando o lugar de outros presos. Milhões de reais estão sendo apreendidos e muitos outros milhões terão que ser devolvidos.
Por que, usando este dinheiro, não se constrói uma colônia penal em uma ilha ou em algum espaço amplo no interior de Goiás ou Mato Grosso, onde seriam colocados os presos políticos e empresários que se locupletaram com o dinheiro do povo brasileiro? Um presídio simples, com quartos individuais, com o absolutamente necessário: uma cama e uma mesa. O do Lula poderia ter um sótão, com escada, nada de elevador para que ele lembrasse o seu tríplex. Também poderia ter um quadro pintado com o sítio de Atibaia, para que lembrasse os pedalinhos dos netos. Teria uma boa cozinha, com fogão a lenha e uma lavanderia com alguns tanques, com sabão e anil para que lavassem suas roupas e as passassem com ferro a brasa. Tudo comunitário. Cozinhar, limpar e todos os trabalhos necessários.
Como administradores, eles mesmos precisam buscar a própria sobrevivência e pagar os custos de sua manutenção, como água e luz. Poderão, em princípio, ter um galinheiro que pode se transformar em aviário para consumo e, com a experiência dos irmãos açougueiros, logo estarão exportando a melhor carne de frango, da qual o Tony Ramos será o maior propagandista. Também a produção de hortifrutigranjeiros para consumo logo estará nos supermercados e o nosso querido Roberto Carlos não precisará mentir na TV, recomendando o consumo de verdura sem agrotóxicos e dizer que é vegetariano e não come carne.
Para cortar a lenha e abastecer os fogões terão serra e machado para provar do que é ser trabalhador. Todos são normais. A falta de meio dedo não é razão para não trabalhar. Terão um local para oficina e artesanato, buscando as aptidões de cada um. Gedel poderá fabricar “Malas Gedel”, as mais finas, decoradas com notas de R$ 100, e as populares, com notas de R$ 50. Aproveitando os carismas e as qualidades de cada um, muito poderá ser acrescentado ao Solidariedade, servindo de exemplo para o mundo inteiro. Cortando os cabelos dos colegas, alguns poderão estabelecer-se com barbearias, negócio que, hoje, está na moda. Outra atividade seria a criação de viveiros para consumo e venda externa. Os tubarões teriam peixes em abundância para se alimentar. O governo não proveria nada com o dinheiro do povo. Tudo seria fruto da própria produção. O ambulatório médico ficará a cargo do dr. Antônio Palocci que, certamente, como médico, honrará o juramento que fez na formatura.
O sanitário deve ser coletivo, a exemplo do que existia na antiguidade. Ainda hoje, quem faz turismo pode visitar, na cidade de Éfeso, na Turquia, o cagatório, em mármore, onde os nobres usavam seus escravos para sentar e aquecer os assentos, para, depois, serem usados por eles. Aqui seriam construídos em cimento e daria oportunidade para nossos políticos e empresários trocarem experiências sobre suas necessidades. Na natureza, nada se perde, tudo se transforma. A matéria, ali depositada, seria canalizada e levada para adubar as plantações de milho dos aviários.
Visitas, apenas uma por mês. Quando sentissem algum arrependimento e necessitassem de um padre ou pastor, teriam essa visita.
O Solidariedade vai ter um grande efeito na vida de nossos políticos e empresários. Qualquer tipo de jogo de azar ou que envolva $$ será proibido, para o bem dos nossos presos, para que não tenham nenhuma oportunidade de trapacear. Após 15 ou 20 anos de convívio, certamente terão uma visão diferente dos valores. E, quando, com tristeza, deixarem os dias felizes que desfrutaram no Solidariedade, se dirigirão a Curitiba para agradecer. O representante falará em nome de todos:
─ Excelentíssimo senhor juiz Sérgio Moro, hoje, com muito respeito, posso dizer “querida “(promotora). Queremos agradecer a Vossas Excelências a oportunidade que nos deram de encontrar o verdadeiro sentido da vida e da felicidade. Que Deus proteja vossas Excelências.