O fator Farret e o que ele pode
significar na campanha de 2024

Claudemir Pereira

O fator Farret e o que ele pode<br>significar na campanha de 2024

Não é impossível que o ex-vereador, deputado estadual, vice e prefeito e o político em atividade mais veterano em Santa Maria, José Haidar Farret, concorra em 2024. Mas é improvável, consideram nove entre 10 observadores da política local. Mais que tudo, o médico que mantém-se em plena atividade virou uma espécie de oráculo.

E sem preconceito ideológico. Da direita à esquerda, o fato é que se imagina ser Farret, com seus quase 81 anos de vida e quase 60 de política, alguém que é bom ter ao lado, não importa seu tamanho, eleitoralmente falando.Isso ficou de novo evidenciado na entrevista concedida à colega Jaqueline Silveira, no meio da semana. O decano entre os militantes da comuna tergiversou sobre o que fará. Mas garantiu que fará. Sim, embora não tenha hoje partido (deixou o Progressistas, o PP, no dia 27 de abril de 2016), tem tempo infinito, se não concorrer a nada, para uma escolha. Ou até para optar por sigla alguma. Mas a política não deixará: “não sou aposentado e nem emérito”, garantiu à Jaqueline.

Feito esse longo e necessário introito, a questão é: que tipo de influência poderá exercer objetivamente José Haidar Farret no pleito do próximo ano? O comportamento adotado desde que deixou a agremiação de uma vida toda (PP, antes PDS, primordialmente Arena) não permite afirmar com certeza o que quer que seja.

Afinal, relembre-se, a bronca de Farret começou, sete anos atrás, porque o PP não queria apoiar Fabiano Pereira, do PSB, e a dobradinha com o MDB, que apresentou Magali Marques da Rocha. Então, o partido preferiu fechar com Jorge Pozzobom e o PSDB, apresentando Sérgio Cechin como vice de uma chapa que viria a se tornar vitoriosa.

Já em 2020, de novo na contramão do PP e já sem filiação alguma, fez o caminho inverso, apoiando a reeleição do tucano, quando sua antiga agremiação apostava, veja só, numa aliança com o MDB, e com Cechin na cabeça da chapa. Farret, que havia amargado derrota em 2016, agora festejava a vitória da opção que fez.

Quando se imaginava que até mesmo um retorno às origens pudesse acontecer, eis que o ativo militante se engajou na aposta da Esquerda, enfaticamente defendendo a dobradinha Paulo Pimenta/Valdeci Oliveira para o parlamento. Posição inusitada e surpreendente, dada sua trajetória. A situação foi tão diferente que já há até quem o veja como vice de uma hipotética chapa com o deputado estadual petista na disputa de 2024.

Afirmar essa possibilidade, no entanto, seria temeridade. Impossível já se viu que não é. Mas a imprevisibilidade do comportamento virou norma em José Haidar Farret.

Certeza, certeza mesmo, apenas uma: alguém (ou alguns) irá procurar o médico e político militante. Não se sabe o tamanho de seu patrimônio eleitoral. Mas há uma certeza: seja ele quanto for, pode ser decisivo para a vitória de um candidato.

Avança o debate para acordo PSDB/MDB: secretaria e CCs

O papo foi curto. Coisa de menos de meia dúzia de minutos. Mas suficiente para confirmar o que você já leu aqui semana passada. O prefeito municipal Jorge Pozzobom confirmou ao colunista que, sim, o vereador Adelar Vargas (foto), no segundo mandato pelo MDB, foi convidado a participar do primeiro escalão. E não foi agora apenas. É uma ideia que vem desde a primeira parte do ano passado, pelo menos.

O que o líder tucano não confirmou foi a posição para a qual iria (se concordasse) o parlamentar, embora os indícios apontam para a secretaria de Licenciamento e Desburocratização ou mesmo uma pasta extraordinária, para tratar de assuntos comunitários e sob medida para o perfil do vereador.

Atenção: a negociação começa e acontece em Santa Maria. Mas, como você já leu aqui, passa muito por Porto Alegre e pelo primeiro escalão gaúcho do PSDB e do MDB. Aliás, não se sabe se haverá algum tipo de acordo, pois há outros fatores em jogo (como interesses políticos/pessoais de uns e outros). No entanto, avançam e muito as discussões. A ponto de, como o colunista confirmou com duas fontes distintas, haver a garantia, além da secretaria, até mesmo de 20 cargos de confiança em pastas diversas do governo – um pedido posto à mesa por emedebistas.

Com Adelar Vargas ou não (para o edil, que buscará novo mandato de vereador e teria de deixar o governo em 14 meses, a dificuldade parece óbvia), o fato é que o papo progride. A confirmar o que este nem sempre humilde escriba tem dito e escrito: 2024 está ali na esquina. E não é apenas uma metáfora.

Eleição, vereadores petistas e cargos de Valdeci na Assembleia

VEREANÇA – Ricardo Blattes (foto) garante estar fora do pleito de 2024. Pretende ficar todo o tempo do mandato de Lula, no Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça e também na presidência do Conselho Gestor do Fundo de Direitos Difusos. O vereador licenciado reconhece que nem teria como fazer campanha. Perguntado sobre 2026, porém, silencia. Mmmm…De todo modo, a nominata petista deverá ter um retorno e uma novidade, no pleito do próximo ano. O primeiro é o ex-vereador Daniel Diniz, que já trabalha, e bastante, o que indica sua vontade de voltar ao Legislativo. A segunda é Sidinei Cardoso Pereira. Sempre atuando nos bastidores, o presidente do partido agora deverá colocar “a cara a tapa” e buscar vaga no parlamento.

VALDECI – o deputado e ex-prefeito continua a negacear, quando o tema é concorrer ao Executivo em 2024. Assim foi em entrevista publicada pela coluna, em janeiro. No entanto, como confidenciou líder petista à coluna, na distribuição de cargos na Assembleia, Valdeci Oliveira (foto) só tratou dos primeiros dois anos, 23 e 24. Terá isso algum significado? Pooois é!

Luneta

“NOVO” E O…Convenção nacional do Novo pode tomar, contra a vontade de alguns de seus principais nomes, inclusive o deputado federal gaúcho Marcel Van Hatten, decisão que modifica um dos principais mantras da agremiação. Encontro marcado para terça, 28, tende a flexibilizar o estatuto e permitir o uso dos recursos públicos para custeio do Partido. Se chancelada, a medida permitirá inclusive remunerar dirigentes.

…MUNDO REAL (?)Tendência é de aprovação, segundo observadores e até mesmo novistas. Inclusive porque há um medo dos dirigentes de ainda maior encolhimento do partido, que não atingiu a cláusula de barreira e hoje tem só três deputados federais, após pífio desempenho nas urnas. Será uma mudança e tanto, para uma grei que se pretende diferente ao, até aqui, abrir mão dos recursos dos fundos eleitoral e partidário.

E O LÍDER?A definição dos integrantes das Comissões Permanentes da Câmara, somada à composição da Mesa Diretora, pode estar trazendo problema inusitado para o prefeito Jorge Pozzobom. Afinal, todos os integrantes da base (PSDB, Republicanos, União Brasil) ocupam funções de presidente de Comissão, líder partidário ou membro da Mesa. Vai daí que quem será o líder do governo? Tcham, tcham, tcham, tcham!

EMEDEBISMOTendência é a recondução de Anderson Pugliese (foto), militante emedebista de Dilermando de Aguiar. Mas, se houver necessidade, ou por qualquer outra razão, quem também é cotada para ocupar a função é a ex-presidente em Santa Maria, Magali Marques da Rocha. O fato é que até entre 15 e 19 de março (data não estava marcada até o fechamento da coluna) será definida a Coordenação Regional Centro do MDB.

PARA FECHAR!Outra vez Jorge Pozzobom não participou da abertura do ano legislativo. Tem virado norma, desde meados do governo de Cezar Schirmer, o comandante do Executivo optar por outra data, no prazo regimental, para discursar aos vereadores. Normalmente, aproveita para (sem réplica, pois a sessão é só para o pronunciamento do prefeito) apresentar sua declaração anual de intenções político-administrativa.

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