
Foto Tales Trindade
50 operários da Corsan se revezam, em turnos, para construir três novas tubulações para captar a água do Rio Ibicuí e normalizar abastecimento em Santa Maria.
A água deve normalizar na torneira do santa-mariense entre a noite de quinta-feira (19) e a manhã de sexta (20). Para isso, a Corsan/Aegea teve que restaurar e ampliar sua estrutura de bombeamento as margens do Rio Ibicuí para substituir o sistema de gravidade, o qual parou de funcionar após duas, das três adutoras, serem danificadas pela força do rio no início desta semana. A correnteza ficou muito forte porque choveu 435 milímetros de segunda a quarta-feira em São Martinho da Serra, o recorde na região.
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A reportagem esteve pela manhã desta quinta (19) no interior de São Martinho da Serra, onde a Corsan faz a captação de 75% da água que abastece Santa Maria e percorre cerca de 17 quilômetros por grossas tubulações (adutoras) que trazem a água bruta, por meio de mato e por cima dos morros, até chegar na Estação de Tratamento da Vila Vitória. Foi quase meia hora de viagem para chegar até o local, de difícil acesso, onde 50 trabalhadores divididos por turnos trabalham para instalar quatro bombas às margens do rio, após as existentes serem danificadas. Elas ficavam em meio as águas e tiveram que ser retiradas para manutenção, o que atrasou ainda mais o trabalho. Até o momento, duas já estão em operação. Ainda no mesmo ponto, uma adutora está sendo construída, de maneira a restabelecer o fluxo da água até a Estação de Tratamento de Água (ETA) da Vila Vitória.
A obra é tida como complexa, e o rio ainda está muito agitado. No entorno da obra, muita lama devido ao solo encharcado.
A meta é ter as máquinas puxando a água do rio próximo a 600 litros por segundo, e com a finalização da nova adutora, a quantia chegará na casa de bombas e, por fim, na central de tratamento. Com isso, o sistema emergencial estará em pleno funcionamento.
Como será o abastecimento de água nas próximas horas desta quinta (19)
- Instalação de bombas com capacidade de 350 litros por segundo
- Sistema backup com 200 litros por segundo
- Barragem do DNOS operando normalmente com 350 litros por segundo
Isso seria 80% da capacidade normal
Restabelecer o sistema de gravidade
O ponto de trabalho fica 4km de distância do local em que as duas adutoras foram danificadas. As equipes ainda não conseguiram acessar onde seria o cerne do problema. Conforme o
gerente de relações institucionais da Corsan Região Centro, André Finamor, os quatro caminhos até as adutoras danificadas estão inacessíveis até que o nível do rio diminua – o que está previsto para sábado (21). A reportagem não conseguiu acesso ao local.
Não são conhecidos quais seriam o nível dos danos e quais medidas seriam necessárias para a restauração do sistema da água por gravidade.
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