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Mudanças no repasse de verbas do Funrebom enfraqueceu estrutura dos Bombeiros em Santa Maria, diz ex-presidente do fundo

*colaborou Maria Júlia Corrêa

Mudanças no repasse de verbas do Funrebom enfraqueceu estrutura dos Bombeiros em Santa Maria, diz ex-presidente do fundo

Foto: Vinicius Becker (Diário)

O fim do Fundo de Reequipamento do Corpo de Bombeiros (Funrebom) municipal é apontado por Luiz Fernando Pacheco, ex-presidente do fundo, como a principal causa da perda de estrutura da corporação em Santa Maria. Pacheco esteve à frente do Funrebom por cerca de seis anos e falou sobre o assunto no programa Bom Dia, Cidade desta terça (2). O assunto veio à tona após a criação de um comitê especial para tratar do tema.

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Segundo ele, antes da centralização no Estado, o fundo arrecadava mais de R$ 1 milhão por ano com taxas locais e era responsável por garantir materiais de ponta para a corporação, como desencarceradores e cilindros de oxigênio portáteis. No entanto, desde que o dinheiro passou a ser destinado para Porto Alegre, os valores repassados à cidade diminuíram consideravelmente. A estimativa de Pacheco é que, dos mais de R$ 1 milhão recolhidos anualmente na cidade, apenas R$ 100 mil a R$ 200 mil retornem.

— Antes da extinção do Furnebom em Santa Maria, a cidade arrecadava em torno de R$ 1,2 milhão por ano. Tudo isso oriundo de taxas que o cidadão pagava nos impostos, com a solicitação de alvarás, quando aprovavam um projeto de prevenção e proteção contra incêndio, (PPCI), por exemplo. Nessa época, o Corpo de Bombeiros Santa Maria era um dos mais equipados do Brasil — explica.

No entanto, de acordo com Pacheco, que atualmente é presidente do Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Conespro), desde que o Funrebom foi centralizado pelo governo estadual, há cerca de quatro anos, o valor arrecadado passou a ir para um caixa único em Porto Alegre.

— O dinheiro arrecadado de Santa Maria vai todo para Porto Alegre, num caixa único, e depois eles distribuem para todo o Estado. Ou seja, Santa Maria deve continuar arrecadando no mínimo R$ 1,2 milhão como era uns anos atrás, se não aumentou. Só que esse dinheiro vai para Porto Alegre, e deve estar retornando R$ 100 mil, R$ 200 mil. O Corpo de Bombeiros perdeu a estrutura que tinha e, hoje, não consegue mais manter o que já possui. Esse deve ser o motivo das reuniões.

A situação da estrutura do Corpo de Bombeiros de Santa Maria voltou a ser debatida com a criação de uma Comissão Especial para tratar do tema. A principal preocupação é a ausência de um caminhão com escada articulada (magirus), equipamento essencial para ações de combate a incêndios e salvamentos em prédios altos. Além disso, o vereador Bolinha, que integra a comissão, apontou a falta de um efetivo de 56 militares no efetivo da corporação que atende Santa Maria e região.


Comandante Geral virá à cidade

Do encontro da tarde desta segunda, no Gabinete do Prefeito, ficou programado uma reunião, na próxima sexta-feira (4), com o comandante geral dos bombeiros, coronel Julimar Fortes Pinheiro, na sede do 4º BBM, na Rua Coronel Niederauer. O objetivo será conversar com ele sobre o atual déficit do efetivo, a compra de um caminhão e sobre a situação da unidade que está inoperante na região oeste da cidade.

Atualmente, em Santa Maria, existem três quartéis do Corpo de Bombeiros Militar: no Centro, localizado na Rua Niederauer; em Camobi, na Faixa Nova, e no Bairro Pinheiro Machado. Contudo, só as unidades do Centro e de Camobi estão em funcionamento.

Escada magirus

Em 2012, o Corpo de Bombeiros recebeu uma magirus, que funcionava em um caminhão Mercedes-Benz e ficava sediada no quartel central da Rua Coronel Niederauer. Em 2016, a corporação anunciou a abertura de uma licitação para a compra de uma nova magirus. Contudo, o processo não teria avançado.

Não foi informado se a antiga magirus ainda está em Santa Maria e se tem condições de operação.

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