Entre as cidades onde aconteceram esses últimos 11 óbitos, cinco delas tiveram a primeira morte pela dengue em 2022: Erechim, Estância Velha, Nova Hartz, Novo Machado e Porto Alegre. Os demais foram em municípios que já haviam tido alguma ocorrência neste ano: Cachoeira do Sul, Horizontina, Igrejinha (três novos óbitos) e Novo Hamburgo.
Cidades e número de óbitos por dengue no RS em 2022
Boa Vista do Buricá: 1Cachoeira do Sul: 2Chapada: 1Cristal do Sul: 1Dois Irmãos: 1Erechim: 1Estância Velha: 1Horizontina: 3Igrejinha: 4Jaboticaba: 2Lajeado: 1Nova Hartz: 1Novo Hamburgo: 3Novo Machado: 1Porto Alegre: 1Rondinha: 1Sapucaia do Sul: 1
Entre o perfil dos óbitos, a maioria foi em idosos. Das 26 mortes confirmadas, 19 foram em pessoas com 70 anos ou mais. As faixas dos 50 aos 59 anos, 40 aos 49 e 30 aos 39 anos tiveram dois óbitos cada, além de um registro na faixa dos 10 aos 14 anos.
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A Secretaria da Saúde (SES) decretou no último mês alerta máximo contra a doença no Rio Grande do Sul. A prevenção deve ser feita eliminando locais com água parada, onde o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, se reproduz.
Em Santa Maria, já são 32 casos confirmados de dengue, e outros 252 em investigação.
LAVRAS DO SUL
Um paciente de 46 anos, natural de Lavras do Sul, pode ser o primeiro caso de morte em decorrência da dengue na região central do Estado neste ano. Conforme o secretário de Saúde de Lavras do Sul, Cacildo Goulart Delabary, a causa da morte, ocorrida na última quarta-feira (11), ainda está em investigação.
Na sexta-feira passada, foi coletado material do paciente e encaminhado para exame de confirmação no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Sul (Lacen). Conforme o secretário, com o pedido de urgência, o resultado deve ser divulgado até esta sexta-feira.
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Segundo a Secretaria de Saúde de Lavras do Sul, mesmo com a infecção por dengue confirmada por exame em laboratório particular, a morte só pode ser oficialmente contabilizada após confirmação pelo Lacen.
Quando veio a óbito, o paciente estava internado no Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo, em Santa Maria.
SOBRE A DENGUE
Doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (maior que 38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele.
Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizarem o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
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