Jornalista santa-mariense que mora nos EUA relata impactos do furacão Milton: "A todo momento há orientação"

Jornalista santa-mariense que mora nos EUA relata impactos do furacão Milton:

O furacão Milton deixou um rastro de destruição após atingir a costa oeste da Flórida na noite de quarta-feira (9) como categoria 3. Segundo as autoridades locais, há pelo menos quatro mortes confirmadas. O jornalista santa-mariense Márcio Fernandes Hubert, 52 anos, mora nos Estados Unidos há dois anos e atua na cobertura do evento meteorológico, que se intensificou na última semana. Márcio reside no estado do Tennessee, que fica há cerca de nove horas de Orlando, na Flórida, e conversou com a reportagem. Ele conta que, durante todo o tempo, se manteve em contato com amigos brasileiros que residem em áreas impactadas pelo furacão. Desde o início, o foco da população foi se manter em alerta e seguir as orientações oficiais. 

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As ruas ficaram alagadas e mais de 3 milhões de imóveis sem energia em todo o Estado. O furacão perdeu força ao longo da madrugada enquanto avançava pelo continente e foi rebaixado para categoria 1. 

— A todo momento há orientação, seja no rádio, na televisão, nos aplicativos acompanhados pelo telefone. Há interrupções na programação que avisam os moradores se naquela rota que você mora o furacão vai passar, quais são as medidas de segurança que você deve tomar, para que local que deve se dirigir e o tipo de proteção que deve fazer pessoal e na sua residência — explica Márcio.

O jornalista lembra que o furacão Milton é o terceiro com grande potencial de destruição que chega aos Estados Unidos em pouco mais de três meses. No final de setembro, o furacão Helene atingiu seis estados americanos e deixou 235 mortos. Entre junho e julho, o furacão Beryl surgiu no Caribe e também atingiu intensidade máxima. Segundo Márcio, a frequência e a força dos eventos extremos tem assustado a população.

— Até agora foram confirmadas quatro mortes, mas esse número ainda vai aumentar, porque muitas regiões estão isoladas, ou seja, ainda há espaços inacessíveis nesse momento. Ainda é difícil contabilizar prejuízos. Os estragos continuam sendo contabilizados a partir de agora e esse número, provavelmente, será recorde — afirma Márcio. 

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Caroline Souza

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