Cidadania

Grupo de mães se une para manter Associação Colibri

Luisa Neves

Ser acolhido por uma instituição faz toda a diferença na vida de pessoas em situação de vulnerabilidade social. É nas associações que elas recebem carinho, atendimento especializado, entretenimento e ensino. E não são apenas os alunos que são acolhidos. O cuidado se estende a familiares e amigos que, juntos, constituem uma comunidade em favor uns dos outros.

Na Associação Colibri, que atende jovens e adultos com deficiência, mães e vizinhas uniram forças para retribuir todo o bem que recebem da instituição. Preocupadas com os poucos recursos que a Colibri tem para suprir todas as despesas, elas arregaçaram as mangas e abraçaram a causa.

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A professora Zélia Alves da Cunha é mãe de três filhos adotivos, dois com deficiência mental. Vítor, o mais novo, ainda participa da instituição. Ela conta que na Colibri recebeu o apoio necessário para acompanhar as necessidades especiais deles.

– Meus três filhos passaram pela Colibri, que há 30 anos era uma creche. Quando soube que iria fechar, reuni outras mães e fundamos a associação. Quando eles passaram da idade escolar, foram encaminhados para cá. Se não houvesse esse trabalho, seria muito mais difícil cuidar deles – afirma.

Voluntária desde o início, Zélia nunca abandona a Associação e diz que, sem o apoio da comunidade, é difícil manter o trabalho que dispõe de profissionais especializados para atender os alunos.

 Santa Maria, RS, Brasil, 12/09/2017.Brechó da Associação Colibri.Indexador: GERMANO RORATO
Foto: Charles Guerra / New Co

A estudante Elisângela Bonatti é grata pelo atendimento que o filho, Andress, recebe na Colibri. Ao perceber as necessidades diárias da instituição, correu para vizinhos e buscou parcerias para facilitar o dia a dia da Associação.

– Eu via que faltavam material de limpeza, por exemplo. Como ia ficar parada? Pedi ajuda aos vizinhos, solicitei doações de amigos e busquei parcerias em favor da iniciativa. Vou atrás do que posso fazer por eles e não apenas do que podem fazer por mim. Meu filho é muito bem tratado lá – conta.

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Com o apoio de vizinhas e de outras mães da Associação, Elisângela montou um brechó beneficente que funciona terças e quintas-feiras, na Colibri. A educadora especial Nara da Silva Flores, mãe de Thaís, aluna da Colibri, faz os contatos e recolhe doações para o brechó, além de organizar chás e mateadas solidárias.

– O mínimo que podemos fazer é colaborar. Abraçamos tudo! Somos mães que adotaram a Colibri. Não posso só pensar o que a Associação tem que fazer por nossos filhos. É ajudar quem nos ajuda – menciona.

A aposentada Cecília Maria Coutinho da Rosa, recentemente, entregou uma máquina de costura à Colibri.

– Assim que soube que eles precisavam, mandei entregar uma máquina elétrica em bom estado à Associação. É importante ajudar – diz.

O espaço conta com convênios da prefeitura e do Fundo Nacional de Assistência Social, além do apoio do Conselho Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente (Comdica), porém, estes recursos são temporários.

– Nossas mães fazem brechós, chás e rifas sempre que percebem nossas dificuldades. Se não tivéssemos a Associação,  nossos filhos ficariam só em casa – diz a presidente da Colibri, Adriana Teresinha Fagundes Cezar.

A assistente social da Colibri, Maria do Carmo Bassan, alerta para a importância deste trabalho:

– As famílias precisam de orientações sobre como auxiliar na independência do indivíduo com deficiência. O apoio das mães e da comunidade é essencial para que prossigamos com essa missão.

Quer ajudar também?
_
Recursos financeiros podem ser levados à sede ou depositados na Conta Corrente 4265X- Agência 01260, Banco do Brasil
_ Com doações de material de limpeza e higiene, alimentos não perecíveis em geral, além de frutas e verduras
_ Trocar piso de algumas salas
_ Voluntários para auxiliar na limpeza e organização da entidade, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e educadores físicos

Contato – (55) 3223-3486
Endereço – Rua Coronel Ernesto Becker, 478 - Passo D’Areia

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