Famílias saem de casa após alagamento na comunidade de Portelinha, no Bairro Lorenzi, em Santa Maria

A comunidade de Portelinha, no Bairro Lorenzi, em Santa Maria, foi uma das atingidas pelo acumulado de chuva desta segunda (16) e terça-feira (17). Famílias foram impactadas com a água que invadiu as casas.

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Em torno das 6h, uma das pessoas atingidas encaminhou mensagens com pedido de ajuda para a arquiteta Mariele Brisola, de 40 anos, uma voluntária das enchentes de maio de 2024, que manteve contato com a comunidade durante todo o ano. Já um morador da localidade, que mora há pelo menos mais de 20 anos no local, relatou que o lugar fica submerso em dias de chuva: 

– É muito estrago com a chuva, abrem buracos nas estradas, muitas casas aqui que ficam embaixo da água. Com mais chuva, com certeza, teremos mais alagamentos. 

Segundo a Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária de Santa Maria, algumas casas ficam próximas a um córrego e alagam constantemente em dias de chuva. Além disso, essas não seriam moradias regularizadas.

 As famílias foram retiradas com barcos, e ficaram em residências de parentes. 

Alagamentos

Mariele conta que, nas chuvas de maio de 2024, quando trabalhou como voluntária, conheceu as famílias do local. Na ocasião, em torno de cinco famílias foram impactadas. Cadastros foram realizados para que, futuramente, conseguissem auxílios. Uma moradora alugou um imóvel para ficar com a família por conta própria devido ao trauma causado pelos estragos: 

– Ela disse que, diante da situação, não voltaria mais para o local. O restante, naquele momento, acabou ficando em casa de parentes e quando a água baixou, eles voltaram para suas casas. 

No momento dos cadastros foi constatado que esta área da Portelinha não estava demarcada como afetada: 

– Um dos auxílios, elas conseguiram receber, mas outro não, pois não estavam em área demarcada. O Aluguel Social foi um deles que não conseguiram. Agora, aconteceu de novo. Elas tiveram as casas atingidas, com móveis, crianças e adultos em risco, e não há nada a ser feito – diz Mariele.