Escola Aldeias Infantis, na Urlândia, trabalha com foco na família para desenvolver o aluno

Oferecer suporte à criança e à família e desenvolver atividades de prevenção nas comunidades. Com esse propósito em vista, a ONG Aldeias Infantis SOS Brasil, que promove ações na defesa e garantia dos direitos de crianças, adolescentes e jovens por meio do desenvolvimento sóciocomunitário, instalou-se na Urlândia em 2007.

Há 11 no ar, rádio comunitária aproxima moradores da Região Sul

A instituição já atuava na cidade desde 1980, mas a sede, na Rua Agostinho Scolari, só funcionou depois da parceria com o  Instituto Harmonia, que é dona do prédio. Atualmente, 100 crianças, de um a cinco anos, são atendidas no espaço, que depois de uma mudança estrutural, firmou convênio com a prefeitura em 2013 e virou Escola de Educação Infantil. A ideia é poder atender às comunidades de baixa renda.

Leia mais notícias da coluna Diário nos Bairros

– Quando iniciamos o projeto, fizemos um mapeamento e a Urlândia tinha, na época, um alto índice de criminalidade. Todos os serviços que a gente desenvolve tem como objetivo desenvolver a participação e a articulação da comunidade. A ideia é desenvolver a criança e fortalecer os vínculos familiares e comunitários – explica Marcli Firpo Bittencourt, psicopedagoga e coordenadora da unidade no bairro.

Mas muito além da educação básica e do ensino pedagógico tradicional, a Aldeias Infantis se destaca por um diferencial: a metodologia aplicada não atende só as crianças, mas se preocupa com o contexto familiar.

– Nós vamos até a casa dos alunos, fazemos visitas. A escola não pode ser só o lugar onde as pessoas deixam os filhos para brincar e se alimentar – comenta.

A assistente de desenvolvimento familiar e comunitário Maria Isolete Amaro de Medeiros é quem faz as visitas às famílias e acompanha cada caso. Para ela, a socialização é tão importante quanto a educação:

– Muitas vezes, os familiares só precisam de uma conversa, uma fala, um sorriso amigo, uma referência ou orientação. Isso muda tudo. Cada comunidade tem o seu diferencial e cada família tem a sua história, e isso reflete no comportamento da criança – diz.

Por isso, adotar práticas de ensino que se adaptem à realidade de cada aluno é a principal ferramenta da instituição, que tem o trabalho desenvolvido como referência na comunidade. Com o mesmo comprometimento de sempre, a escola espera pelos aluno dia 18 de fevereiro, na volta às aulas.