Foto: Divulgação Ministério da Justiça e Segurança Pública
Dados do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que cerca de um milhão de celulares foram roubados e furtados no país em 2022. O número representa um crescimento de 16,6% em relação ao ano anterior. No Rio Grande do Sul, foram registrados 17 mil casos de roubo e furtos no ano passado, um aumento de 25% se comparado com 2021. Os números podem ser ainda maiores se for considerada a subnotificação em casos como esse.
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Na última terça-feira (19), o Governo Federal lançou o aplicativo e o site “Celular Seguro”. Com apenas um clique é possível bloquear e impedir, de forma imediata, que criminosos acessem aplicativos financeiros e dados pessoais disponíveis nos aparelhos. O serviço de emergência ainda facilita o registro da ocorrência.
– Estamos construindo um botão de emergência para que a pessoa rapidamente aperte e as operações fiquem bloqueadas. Para que ela possa reorganizar sua vida com mais calma, sem ter a agonia de uma hora para outra parar sua vida para fazer 300 ligações para bloquear uma série de canais que expõem ela a crimes financeiros e golpes – explicou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, durante o lançamento do aplicativo.
A plataforma foi desenhada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Foram assinados memorandos com o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Bradesco, Santander, Itaú, Banco Inter, Sicoob, XP Investimentos, Banco Safra, Banco Pan, BTG Pactual e Sicredi. Também foram firmados protocolos de intenções com empresas como Google, Uber, 99, Zetta, Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Firmaram adesão ao aplicativo a Conexis Brasil Digital e as empresas Claro, Vivo e TIM.
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Coordenador do curso de Redes de Computadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Renato Preigschadt de Azevedo explica que tecnicamente o software é parecido com outros já existentes. O diferencial da iniciativa do Governo Federal está na notificação das instituições parceiras.
– O Celular Seguro não só vai permitir o bloqueio, como vai notificar os bancos e empresas. Eventualmente, se os criminosos acharem um jeito de acessarem o celular mesmo depois do bloqueio, não vão conseguir ter acesso aos bancos. Sem contar que essa proposta traz uma abordagem social de adicionar familiares e amigos com poderes para solicitar o bloqueio quando necessário – afirma o especialista.
Como utilizar
- O aplicativo está disponível para os sistemas Android e iOS. Também há opção de usar por meio do site Celular Seguro do Ministério da Justiça e Segurança Pública;
- Depois, basta fazer o login com o nome de usuário e senha do “gov.br”;
- Após acessar o aplicativo, o usuário terá 3 opções:
- Pessoas de Confiança: cadastro de uma ou mais pessoas de confiança, que poderão auxiliar criando ocorrências em nome do usuário. A pessoa de confiança poderá registrar uma ocorrência por meio do site ou do aplicativo.
- Registrar Telefone: o usuário cadastrará os dados do seu aparelho. Nesta opção, é preciso preencher com marca, modelo, número da linha e operadora, e outros dados opcionais.
- Registrar Ocorrência: aqui o usuário será direcionado para registrar e denunciar a ocorrência de furto ou roubo. Telefones cadastrados serão avisados do incidente.
- Após descrever quando, onde e como ocorreu o problema, o sistema emitirá alertas para instituições participantes, para que tomem as ações necessárias, como o bloqueio de aplicativos financeiros, do aparelho e da linha telefônica;
- O bloqueio da linha telefônica, por meio do chip, estará disponível no aplicativo a partir de 9 de fevereiro. Até lá, será preciso continuar bloqueando a linha entrando em contato com a operadora de telefonia.