Rede estadual de ensino

Ensino politécnico e alunos em turmas adequadas às idades são metas para 2016

Lizie Antonello

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Todos os dias, diretores e professores que fazem a gestão nas escolas estaduais da rede pública em Santa Maria se desdobram para resolver problemas que não são de solução simples e exata como na matemática. Isso porque as equações que envolvem o educar têm quase sempre mais de uma variável. O “Diário” foi a 10 escolas entre os dias 10 e 13 de novembro e perguntou quais os desafios pedagógicos para as futuras gestões a partir do ano que vem – em 15 de dezembro, ocorrem eleições para diretores.

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No Ensino Fundamental, é a distorção entre a idade da criança e a série em que ela deveria estar que chama a atenção. Na Escola General Gomes Carneiro, 63% dos 500 alunos configuram casos de distorção, conforme o censo escolar. Segundo a diretora Tânia Elizabeth Martins Leão, o problema começa nos primeiros anos escolares. É que as escolas não podem reprovar os alunos nos dois primeiros anos das séries iniciais, chamado de ciclo de alfabetização.

De acordo com a 8ª Coordenadoria Regional de Educação (8ª CRE), essa é uma orientação do Ministério da Educação (MEC) às secretarias estaduais de Educação e foi incorporada nos regimentos das escolas.

– A não retenção é parte dessa visão pedagógica de que a criança tem um tempo escolar para se alfabetizar, que não é em um ano apenas. Pedagogicamente, a criança teria que estar progredindo – explica Marilda Husen, do setor pedagógico da 8ª CRE.

Mas, na prática, nem sempre é isso que ocorre. A não retenção faz com que alunos com dificuldade de aprendizagem cheguem ao terceiro ano, mas eles acabam repetindo.

– O aluno não fica retido e, no terceiro ano, completa a fase de alfabetização. Mas essas crianças têm uma defasagem que não foi suprida e acabam repetindo e ficando fora da faixa etária – explica a diretora.

A solução, prevista na Lei de Diretrizes e Bases, de 1996, é a aceleração. Ou seja, a correção é feita por meio do avanço dos alunos para as séries indicadas à idade deles. Porém, e como fica o aprendizado?

Para a 8ª CRE, cabe à escola tentar recuperar com o aluno. Já a escola diz que, para resolver o problema, precisa do profissional que reforce o aprendizado nos primeiros anos.

– Para fazer a aceleração, temos de suprir a defasagem do aluno. Como vamos passar um aluno que tem 12 anos e está no quarto ano escolar por defasagem no aprendizado para o sexto? Onde está, agora, ele se sente até rejeitado porque é um grande em meio aos pequenos. No sexto, ele se sentirá melhor por estar entre os da mesma faixa etária, mas vai sofrer porque não conseguirá acompanhar a turma na aprendizagem – argumenta a diretora.

Educar com contexto no Ensino Médio

Quatro das seis escolas de Ensino Médio visitadas pelo “Diário”, durante o levantamento que resultou na série sobre a educação pública estadual, consideram que estão sendo desafiadas há três anos com a implantação do politécnico. Entre as instituições, estão as maiores da cidade, em número de alunos (veja no quadro).
Segundo a diretora da Escola Professora Maria Rocha, Cleonice Dornelles Fialho, foi preciso se adaptar a um novo sistema: o planejamento curricular feito por á"

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