Durante reunião em Santa Maria, secretário da Reconstrução do Estado fala sobre obras na RSC-287

Foto: Beto Albert (Diário)

Na manhã desta segunda-feira (19), o secretário da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Pedro Capeluppi, esteve em Santa Maria para tratar sobre as obras da ponte da RSC-287 e outros problemas relatados pelos motoristas. Também participaram da reunião o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel, e lideranças locais, como vereadores, o prefeito Rodrigo Decimo (PSDB) e o presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), Andrei Nunes, que sediou o encontro. No fim da reunião, apesar da declaração de Capeluppi de que a Rota de Santa Maria está se preparando para iniciar a construção da nova ponte sobre o Arroio Grande, algumas lideranças presentes não tiveram essa certeza, até porque a concessionária vinha afirmando que só vai executar a obra quando tiver todo o projeto (incluindo dos acessos e da segunda ponte) aprovados e a verba extra garantida por parte do Estado.


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Conforme Capeluppi, um dos assuntos tratados foi a construção da nova ponte sobre o Arroio Grande. A estrutura foi destruída pelas enchentes de maio do ano passado e aguarda o início das obras da ponte definitiva. A concessão da RSC-287, que liga Tabaí a Santa Maria, tem 204,5 quilômetros de extensão e é administrada pela concessionária Rota de Santa Maria. Cabe à secretaria a aprovação dos projetos referentes à reconstrução da estrutura danificada pelas chuvas. 

– O projeto da ponte sobre o Arroio Grande já foi aprovado, a concessionária já está se preparando com o cronograma para executar a obra. Amanhã (terça-feira), tenho reunião com eles em Santa Cruz para ver se eles já conseguiram finalizar o cronograma. Também já recebemos os projetos dos desvios, de Mariante (distrito de Venâncio Aires) e de Candelária, que também vai ajudar muito a população de Santa Maria que vai a Porto Alegre, já que vai diminuir o tempo de deslocamento. Então, a nossa equipe está focada para fazer a análise desses projetos com muita rapidez, justamente com a preocupação que temos para que as obras sejam feitas.

Já a Rota, em última nota enviada ao Diário, disse que só vai iniciar a obra da nova ponte de Arroio Grande quando a Secretaria da Reconstrução aprovar o projeto de duplicação de 850 metros da RSC-287 para acesso à futura nova ponte sobre o Arroio Grande, enviado na última sexta-feira (16), e também garantir as verbas sobre aquilo que for feito além do que estava previsto no contrato. Agora, o governo do Estado tem até 60 dias de prazo para análise, mas diz que tentará aprovar o mais rápido possível. Em outros casos, aprovou os projetos em 15 dias. Mas a maior demora poderá ser até que Estado e Rota cheguem a um acordo e assinem um aditivo no contrato de concessão para prever o pagamento das verbas extras para reconstrução dos locais destruídos pelas enchentes de abril e maio de 2024. 

Um exemplo: o contrato previa uma segunda ponte na parte a ser duplicada futuramente sobre o Arroio Grande, na RSC-287, com 44 metros de extensão. Mas a nova ponte, prevista agora, será de 69 metros de comprimento e dois metros mais alta do que o projeto original. Essas diferenças de tamanho da ponte e do aterro mais alto terão de ser bancadas pelo governo do Estado por meio do Fundo da Reconstrução (Funrigs). Já há sinalização do vice-governador Gabriel Souza (MDB) de que o Funrigs vai bancar essas diferenças, mas não há indicação de quando esse acordo será assinado, dando garantia para a Rota fazer as obras.

Após a ponte iniciada, o prazo para concluir a obra seria de 6 meses. Enquanto isso, o trânsito no local continua sendo feito com duas pontes metálicas do Exército.


Duplicação também foi pauta

Na reunião também foi feito o pedido de antecipação da duplicação da RSC-287 na região de Santa Maria, que no contrato está prevista para acontecer entre 2040 e 2042. Conforme o deputado estadual licenciado e secretário de Desenvolvimento Social do governo Eduardo Leite, Beto Fantinel, o pedido se dá a partir do alto fluxo de veículos no trecho:

– Quando foram feitos os estudos (para a duplicação), lá em 2015, não tínhamos a mesma realidade de hoje. O secretário confirmou que temos 11 mil veículos por dia transitando nessa praça de pedágio, de Santa Maria à Quarta Colônia. Isso mostra o alto fluxo de passagem e que precisamos avançar na duplicação – afirmou Fantinel.

Foto: Beto Albert (Diário)

As reivindicações foram, ainda, para evitar transtornos ao motorista, como o tempo de espera no sistema Pare e Siga durante as obras. É o que afirma o presidente da Associação Brasileira dos Usuários de Rodovias, Gerri Machado:

– Levantamos, aqui, como fazer com que a concessionária tenha as obras de forma a prejudicar menos o usuário. A gente sabe que vai ter incômodos, mas queremos que o usuário não seja tão penalizado. Quem sabe até obras de recuperação da via de madrugada, como existem em outros lugares do Rio Grande do Sul. 


Próximas reuniões 

Conforme o presidente da Cacism, Andrei Lacerda, reuniões como essa devem acontecer de dois em dois meses. A próxima está marcada para agosto e deve seguir com o andamento das obras da RS-287 no centro da discussão. 

– O projeto (de reconstrução da ponte na RSC-287) é um dos problemas. Nossa luta maior é a diminuição do tempo de viagem de Santa Maria a Porto Alegre porque isso está impactando demais as empresas e os usuários. São cinco desvios no trecho. Não podemos ficar um ano à mercê desses desvios. Então, é esse tipo de problema que estamos tentando transmitir para eles, porque estamos preocupados com isso. 


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