
Foto: Juliano Verardi (TJ-RS, divulgação)
Juiz Francisco Morsch (à dir.) com os representantes dla AVTSM, Gabriel Barros, Flávio Silva e o advogado Pedro Barcelos
Representantes da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) estiveram reunidos nesta segunda-feira (25) com o juiz Francisco Morsch, responsável pelo Caso Kiss em Porto Alegre. O encontro ocorreu pela manhã, na sede da 1ª Vara do Júri do Foro Central da Capital.
Também nesta segunda-feira, os familiares se reuniu com o 2º vice-presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira. Liderados pelo presidente da AVTSM, Gabriel Rovadoschi Barros, o grupo levou ao Judiciário questões relativas à organização e realização do júri do processo criminal, marcado para 26 de fevereiro de 2024, em Porto Alegre.
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Esse será o segundo julgamento dos quatro réus, acusados de responsabilidade pelo incêndio de 27 de janeiro de 2013, quando 242 pessoas morreram e mais de 600 fica feridas. O primeiro júri popular, em dezembro de 2021, foi anulado pela Justiça.
No primeiro encontro desta segunda-feira, no Foro Central, o juiz Francisco Morsch, que irá presidir a sessão do Tribunal do Júri, disse ao grupo que sua maior preocupação é com os jurados, de forma a possibilitar que se mantenham tranquilos e descansados ao longo da sessão. Comentou também que o julgamento anterior trouxe muita experiência.
– Precisamos nos estruturar para bem acolher, tudo está sendo previsto para ser aprimorado – comentou o magistrado.
O júri será realizado no salão do segundo andar do prédio 1 do Foro Central, mesmo local do júri de 2021.

Após a conversa com o juiz do caso, Gabriel Barros e os demais representantes da AVTSM, o conselheiro Flávio Silva e o advogado Pedro Barcellos Júnior, foram até a sede do TJ-RS falar com Antonio Vinicius. O desembargador pediu que demandas, principalmente relativas a questões logísticas (acesso e serviço de saúde), sejam encaminhadas ao Tribunal.
– São algumas sugestões de melhorias, as quais pedi que fossem feitas por escrito. Nosso objetivo é atender melhor – disse o 2º vice-presidente, acrescentando que os representantes elogiaram a disponibilidade da Administração do Tribunal e o trabalho realizado na ocasião do primeiro júri – que mobilizou mais de 20 setores e cerca de 200 servidores do Judiciário.
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Público do júri popular
De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça, o presidente da AVSTM afirmou que os familiares das vítimas e os sobreviventes da tragédia têm alguns encaminhamentos objetivos sobre o julgamento, como começar o levantamento do número de pessoas que pretendem acompanhar o júri.
– Os encontros foram importantes também para tornar mais direto e fluido a comunicação, para agilizar os preparativos para melhor acolher as pessoas – disse Gabriel Barros.