
Os balões se despedem do céu de Santa Maria, mas tem data para voltar: maio de 2026. A confirmação de uma nova edição para o próximo ano foi anunciada durante o último dia de Festival de Balonismo, que ocorreu ontem. A expectativa da organização é de que, pelo menos, 80 mil pessoas passaram pelo evento.
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Por volta das 17h, os balões já se posicionavam na área verde do Residencial Lopes, no Bairro Pinheiro Machado – o ponto de partida da viagem e o local escolhido para sediar o evento. Em volta, milhares de pessoas, com os olhos atentos, acompanhavam cada movimento: o esticar da grande lona, o acionamento da chama e o inflar da estrutura. Aos poucos, o balão ganhava forma até deixar o chão e alçar voo. A cada subida para a viagem, o aplauso e o celular a postos para registrar a partida.
Em um dos balões, a auxiliar administrativa Simone Cazana, 39 anos, estava pronta para voar pela primeira vez. Ela não escondia o nervosismo e a expectativa pelo momento. Foram quase 80 passageiros nos quatro dias.
– A expectativa é a melhor possível. Quero curtir o momento – disse ela.

Simone subiu na última lona gigante que sobrevoou Santa Maria na tarde ensolarada de domingo, entre aplausos do público e tristeza pelo fim da carreata. Mas, apesar da despedida, os balões já têm previsão para o retorno: maio de 2026. Conforme a organização, a próxima edição deve ser ainda maior, com a presença de 30 a 40 balões na cidade. Ainda não há local e data definida.
Para este festival, o saldo é positivo, como avalia o balonista e um dos organizadores, Rodrigo Rocha:
– Depois de nove anos, conseguimos fazer em um novo formato. Um formato que é público e privado. A prefeitura nos deu a estrutura e nós, através de patrocínio, conseguimos trazer o balonismo de volta. A adesão foi muito maior do que nós esperávamos. Santa Maria merece ter de volta esse colorido.
Balonismo em números*:
- 80 mil pessoas circularam nos quatro dias de evento
- Seis voos foram realizados
- Quase 80 passageiros fizeram a viagem
- O evento contou com o colorido de 11 balões
*conforme a organização do evento
O colorido dos olhos do público
A moradora do Bairro Noal, Indaia Milene Alves da Silva, 41 anos, conta que vai sentir saudades de acordar e ver o colorido dos balões pela janela. No domingo, ela acompanhou de perto os voos admirada e feliz com o retorno do festival. Para ela, Santa Maria, precisa de eventos que cativem a população:
– Eu acordava de manhã com aquele barulhinho do gás do balão e pensava: “o que está acontecendo?’. Ia para fora e via aquela imensidão de cores maravilhosas. É o que Santa Maria precisa, fazer com que a sua população tenha esses momentos de felicidade. Aqui tem trabalhador, estudante, balonistas, repórteres… Então, isso não é só para uma categoria, é para todo mundo.
Para o secretário de Turismo de Santa Maria, Ewerton Falk, o retorno do festival cumpriu o objetivo, especialmente, pela adesão da população. Por isso, conforme ele, a adesão foi positiva:
– O balonismo é muito mais do que voar. É todo o entorno dele. É quem está aqui vendo o balão inflar. É quem está em casa vendo o balão passar. A adesão foi total. Santa Maria está feliz com o balonismo. Hoje eu ouvi de uma amiga que o prédio inteiro acordou cedo para ver os balões.
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