
Foto: Marcelo Oliveira (PMSM/Divulgação)
Com a ideia de melhorar as formas de atuar em situação de desastres climáticos e, por consequência, reduzir impactos, Edson Roberto das Neves Junior, secretário de Resiliência Climática e Relações Comunitárias de Santa Maria, assumiu a coordenação da Defesa Civil da AM Centro. A iniciativa foi criada pela prefeitura de Santa Maria na terça-feira (1º). Também integram a equipe, como coordenador adjunto, Paulo Acosta, diretor da Defesa Civil do município de Santiago, e como secretária, Vânia Vendruscolo Lopes, coordenadora municipal da Defesa Civil de Tupanciretã.
O intuito é unificar os municípios que compõem a AM Centro tendo em vista os eventos meteorológicos intensos que atingem o Rio Grande do Sul nos últimos anos. Segundo Junior, os municípios são impactados de diversas formas e muitas vezes em conjunto:
– Essa iniciativa partiu do prefeito Rodrigo Decimo. No planejamento da próxima edição do Santa Maria Resiliente, em um entendimento que os desastres nos afetam de maneira regionalizada, aos municípios da Região Central e o Estado como um todo. E a criação junto a AM Centro, seria uma coordenação que unisse os municípios para buscar qualificar as ações de preparação e respostas dos municípios. Mas também trazendo algumas discussões e pleitos que tem que ser encarados de maneira regional, porque muitas vezes afetam pontes em limites, e estradas que afetam toda a região. Essa coordenação tem esse objetivo de trabalhar essas pautas regionais, mas também de promover uma troca, de conhecimento, e qualificação entre os municípios da região centro.
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A troca de informação, segundo Junior, é fundamental para dar amplitude maior aos investimentos:
– Somente neste ano de 2025, os municípios já tem aí, em média, entre três a quatro situação de emergência, em cerca de seis meses. Estamos iniciando julho e os municípios passaram por eventos que foram praticamente afetados em todas as regiões. Tivemos a questão da estiagem, a questão da dengue, e por duas inundações, em maio e junho. Os danos atingem a região como um todo. E pode haver, a partir disso, até trocas de informações entre os municípios de ações que estão sendo desenvolvidas e podem ser replicadas em outros locais. Assim como outras ações que envolvem, busca por mais investimentos na preparação, o que se acredita que de maneira regionalizada isso pode ter uma amplitude maior.

Junior disse que já traçam planos de estudos para diagnósticos das capacidades de cada município, um trabalho desenvolvido em critérios estabelecidos pelo governo federal. A partir disso, o que podem avançar nas pautas regionais:
– Temos que tratar esses assuntos, principalmente no que diz respeito àquilo que atinge a região. Questões como qualificação de projetos, informação inicial de desastre, mensuração de dados. Nosso objetivo também é com a troca de informações e entender as carências e fragilidades para trazer cursos e formações para a região. A ideia é qualificar os municípios para que estejam mais fortes em momentos de necessidade e para que os processos sejam mais rápidos, e os recursos cheguem de maneira mais rápida.
Atualmente, a AM Centro é composta por 33 municípios, sendo eles: Agudo, Cacequi, Cachoeira do Sul, Capão do Cipó, Dilermando de Aguiar, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Formigueiro, Itaara, Ivorá, Jaguari, Jari, Júlio de Castilhos, Mata, Nova Esperança do Sul, Nova Palma, Paraíso do Sul, Pinhal Grande, Quevedos, Restinga Sêca, Santa Maria, Santiago, São Francisco de Assis, São João do Polêsine, São Martinho da Serra, São Pedro do Sul, São Sepé, São Vicente do Sul, Silveira Martins, Toropi, Tupanciretã, Unistalda e Vila Nova do Sul.