
Foto: Rian Lacerda (Diário)
Desde o último sábado (14), quando a história de Claudio Ferraz dos Santos foi publicada pelo Diário, muita coisa começou a mudar na vida da família graças à solidariedade dos santa-marienses. As doações chegaram na família que cuida e protege de 16 cães. Mesmo com toda a ajuda, a realidade dentro da casa ainda é dura para o casal baiano e dos dois filhos.
+ Doe para a família de Claudio neste link.
Casa da família

Habituada ao verão tórrido da Bahia, a família tem sofrido com o frio. Já a residência de madeira reaproveitada e antiga tem frestas por onde o vento emboca e deixa os cômodos menos protegidos. Um lençol é improvisado na tentativa de atacar o ar gelado que sopra da rua.
Além disso, os cupins acabam estragando a estrutura. A pequena moradia serve de abrigo, além de Claudio, para Andressa Alexandre, sua filha e seu filho e mais 16 cães que adotaram ou que retiraram das ruas. O pátio da residência é de chão batido e, quando chove, vira lama. Claudio chegou a compartilhar que "não aguenta mais passar frio” dentro do seu próprio lar, localizado no Bairro Urlândia.
– Os buracos ficam iguais ar-condicionado ligado, o frio entra todo. Sofremos com isso. As crianças não são muito acostumadas [com o frio] – afirma o pai.
O pátio também preocupa. Mesmo com ajuda de Lidiane – voluntária que ajuda o casal e está promovendo a vaquinha – para a colocação de britas no terreno, com a chuva o barro toma conta e tudo fica virado em lama.
– Se alguém que trabalha com lajota, aterro, cimento, qualquer coisa dessas puder ajudar, já muda tudo para a gente. Porque daí a gente consegue ajeitar o chão – relata Andressa, sobre a lama ao redor da casa.
Saudade da família
Longe do restante da família, Andressa diz que sente muita saudade. Com a voz embarga, ela conta que a avó, considerada como mãe, nunca conheceu os filhos dela.
– A minha mãe, que é minha avó, não conhece meus dois filhos. Tem tempo que a gente veio para cá tentando melhorar a nossa vida. E eu queria uma casa para dar para os meus dois filhos e se a gente tiver um dinheirinho e eu poder ver minha mãe. Fico muito feliz algum dia. Estou com muita saudade dela – relata Andressa emocionada ao relembrar da avó.
Desde que a reportagem foi publicada, eles começaram a receber mensagens de diversas pessoas. Algumas foram até o endereço levar comida e ração, outros mandaram Pix e, com isso, o casal já comprou água, leite para as crianças e ração para os animais.
– A gente só tem a agradecer. Que Deus abençoe quem ajudou e também quem não pôde ajudar, mas teve boa intenção.
Mesmo com o frio, o chão molhado, o casal fala muito em gratidão. Com a fé que eles fazem questão de recorrer, a família de Claudio pensa em um futuro melhor para seus 16 cães e os dois filhos.
– Imagina se alguma construtora da cidade aparece e resolve doar uma casa para a gente? Eu ia ajoelhar e agradecer na mesma hora. Porque a gente só quer isso, um cantinho quentinho para os filhos dormirem bem e para os nossos bichinhos também – finaliza Andressa.
Como ajudar?

Após ter o Pix bloqueado por conta do limite de recebimentos, o casal – que não sabe ler – conseguiu ajuda e a ferramenta passou a funcionar novamente, a chave é 55999773429. Esse também é o número do WhatsApp do casal.
Além disso, Lidiane Nichele – que já acompanha e auxilia o casal há algum tempo – resolveu intermediar um outra forma de ajuda. As doações podem ser feitas pela chave Pix [email protected] ou diretamente na vaquinha virtual, disponível neste link.
Relembre a história