A Associação de Bombeiros Voluntários de Agudo não atende mais pelo 193 desde a semana passada. As ligações com pedido de atendimento para Agudo caem em Restinga Seca, que atende Agudo e mais sete municípios da Região. As informações são da Rádio Gaúcha Santa Maria.
Os voluntários só perceberam que o número não estava mais disponível na última quinta-feira (1º), quando a população questionou a associação sobre o motivo de não atenderem a um acidente de trânsito distante 500 metros da sede. Uma grávida ficou presa às ferragens do veículo e os bombeiros de Restinga Seca precisaram atender. O tempo de atendimento foi de uma hora, como conta o sócio-fundador e tesoureiro da associação, Emilio Neli Dalmayer:
O pessoal ligou para o 193 e a ligação caiu em Restinga Seca. Para se ter uma ideia, de Agudo até Restinga Seca dá cerca de 40 quilômetros. O atendimento foi prestado em 60 minutos, mais ou menos. Sendo que nós poderíamos ir até a pé, praticamente, e nem ficamos sabendo da ocorrência , explica.
De acordo com o comandante do 4º Comando Regional dos Bombeiros (4º CRB), tenente-coronel Luís Marcelo Maya, a linha 193 estava disponível como uma exceção.
O 190 e o 193 são linhas do Estado e devem ser responsáveis por elas a polícia e os bombeiros. Isso não quer dizer que os bombeiros voluntários não serão acionados. A função deles é importante, mas deverão atender por meio de números próprios diz
De acordo com Dalmayer, desde 2012, época da fundação, ligações pelo 193 caiam na sede da associação. Agora, é feito somente pelos números (55) 3265-1333 e (55) 3265-2244.
Agora, os bombeiros de Restinga Seca serão acionados pelo 193 e eles então acionarão os voluntários caso seja necessário.
Restinga atende a nove municípios com sete profissionais
A associação conta com 33 bombeiros voluntários divididos em duas equipes que se revezam por até quatro semanas. Há caminhões de combate a incêndio e veículo de apoio. Já os bombeiros de Restinga Seca contam com cinco sargentos, dois soldados e apoio de servidores da prefeitura para atendimento via telefone e recepção. Há caminhões de combate a incêndio e veículos de apoio.
O comandante Maya afirma que há defasagem nos efetivos de todo o Estado, porém explica que não há prejuízo nos atendimentos.
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