Por volta das 19h de quinta-feira (1), agentes do Corpo de Bombeiros foram vistos em frente a fachada da boate Kiss, localizada na Rua dos Andradas, no centro de Santa Maria. A operação foi solicitada por meio da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), já que parte da fachada corria o risco de atingir pedestres, situação que poderia ser agravada pelas condições climáticas, como chuvas e temporais.
O presidente da AVTSM, Gabriel Rovadoschi Barros, explica que parte das madeiras estavam curvadas e acima do nível da calçada, causando preocupação para o risco de possíveis acidentes. A retirada do material danificado foi uma decisão da associação, juntamente com o major do Corpo de Bombeiros Militar, Elisandro Machado.
— Não foi uma queda acidental, pelo contrário, foi justamente para preservar quem passa por ali. Aquelas madeiras estavam se curvando e estavam nitidamente apresentando um risco. O que a gente fez foi acionar quem poderia nos auxiliar nessa retirada, porque a gente estava literalmente se colocando a ponto de nós mesmo subirmos e fazer alguma coisa com isso, né? Porque não tinha condição de deixar daquela maneira — explica Rovadoschi.
Ao vivo na Rádio CDN, em entrevista com o repórter Lenon de Paula, o presidente da AVTSM explica que além da fachada, o interior do imóvel, feito de madeira, está cada vez mais deteriorado por conta da umidade, mas não apresenta riscos à estrutura.
— Nosso objetivo não é manter a boate da forma como ela era, no sentido estético. Nossa intenção é justamente transformar aquele espaço no memorial e é com esse horizonte também que a gente vem pensando nas futuras intervenções — comenta.