Claudemir Pereira: confira a lista com 32 possíveis candidatos a deputado por SM

E o que mudou, de lá para cá. Não muito, mas coisas importantes aconteceram. Uma a desistência da presidente do Cidadania, Carla Kowalski. O partido indica outros dois nomes, mas eles dependerão de acordo com o PSDB, com o qual firmou uma federação e pela qual ambos serão, ou não, candidatos.

Outra? A definição, após muita conversa, que o PP terá como nome preferencial a deputado estadual o ex-candidato a prefeito (justamente pelo Cidadania), Evandro de Barros Behr, filiado recente à agremiação.

Outra mudança tem a ver com as federações, então ainda não formalizadas. Agora, a Brasil da Esperança (FE Brasil) terá, juntos, os nomes petistas e comunistas do B santa-marienses. O mesmo que acontecerá com as formadas por PSDB e Cidadania e PSol e Rede.

Enquanto isso, há o que não tenha mudado. Exemplo? A postura do MDB, que abre espaço para forasteiros e não apresenta nome para deputado federal. É uma desistência que vitima possíveis novos líderes, impedidos de nascer. Mas, enfim…

Agora, a lista, por ordem alfabética de partido/federação:

Avante – Romário Krug (Estadual) e Gerri Machado (Federal)Cidadania/PSDB – Admar Pozzobom, João Vitor Machado e Daniel de Avila da Silva (Estadual)FE Brasil (PT/PC do B) – Valdeci Oliveira e Werner Rempel (Estadual), Paulo Pimenta e Maria Rita Py (Federal)MDB –Roberto Fantinel (Estadual)Novo – Giuseppe Riesgo (Estadual)PDT – Marcelo Bisogno (Estadual), Paulo Burmann (Federal)PL – Patric Luderitz (Estadual), Ewerton Falk (Federal)Podemos – Tony Oliveira (Estadual), Ana Neri Knupp (Federal)PP – Evandro de Barros Behr e Milton Caetano (Estadual), Zaloar Soares (Federal)PSB – Paulo Ricardo Pedroso e Rogério Ferraz (Estadual), Fabiano Pereira (Federal)PSC – Jader Maretoli (Estadual)PSD – Marion Mortari (Estadual) e Dieisson Calvano (Federal)PSOL/Rede – Alice Carvalho (Estadual), Vinicius Brasil (Federal)PTB – Moacir Alves (Estadual)Republicanos – Luciano Sampaio e Maria Helena Rodrigues (Estadual)União Brasil – Cida Brizola (Estadual).

Dentre os nomes acima há os confirmados (e candidatos à reeleição são os exemplos óbvios), os pretendentes reais e ainda os especulados. Desses últimos, alguns acabarão não sendo oficializados e serão substituídos (ou não) por outros concorrentes.

De todo modo, é possível resumir que a cidade apresenta, até agora, quatro pretendentes a mais ao Parlamento em relação ao último pleito. São 32 nomes, dos quais 10 a federal (mesmo de quatro anos atrás) e 22 a estadual (18 em 2018).

Câmara funcionará (?) apenas em meio turno. E a tribuna se calará

FOLGA OU… – As sessões ordinárias serão de manhã já no início de agosto, terminado o recesso de inverno, previsto para a segunda metade de julho. Mais que isso, o expediente no Legislativo municipal será corrido, das 7h30min da manhã à 13h30min.

Só há uma explicação para isso, e nenhuma outra: os mais de 100 ocupantes de cargo de confiança terão toda a tarde para trabalhar na campanha dos chefes ou dos partidos deles. Bom para os funcionários de carreira, desobrigados de seguir politicamente quem quer que seja.

Essas são duas das medidas que vigorarão nesse período pré-eleitoral, na Câmara de Vereadores de Santa Maria. Num país sério politicamente, isso não acontece. Aqui, além de passar batido, há quem ache “natural”. Afinal, tudo é eleição. Então, tá.

BOCA FECHADA – Outra medida a ser adotada é não levar ao ar, na TV Câmara, os discursos feitos pelos vereadores durante a campanha eleitoral. Sim, senhores, a TV oficial também está sujeita aos ditames da lei, que veta a manifestação pró ou contra candidatos ou partidos durante a campanha.

Isso afeta diretamente os edis concorrentes, como Admar Pozzobom (PSDB), Paulo Ricardo Pedroso (PSB), Tony Oliveira (Podemos) e Werner Rempel (PC do B/FE Brasil).Aliás, eles também não podem participar (caso de Tony e Paulo Ricardo) dos seus programas de rádio ou ser comentarista (situação de Werner Rempel). Nessa condição, inclusive, eles têm a companhia de Marcelo Bisogno, do PDT, que teve de se afastar, já nesta semana, de sua atividade em rádio.

As greves estão, hoje, distantes da UFSM

Na UFSM, impacto será em custeio e investimentos. Foto: Eduardo Ramos (Diário)

Houve um tempo em que greve era um movimento muito presente na UFSM, com o campus esvaziado e manifestações fortes no arco de entrada, no campus de Camobi. No atual momento, entretanto, as dificuldades para encampar um movimento paredista estão escancaradas.

E olha que até haveria motivo para o forte protesto. Afinal, professores e técnicos-administrativos estão sem qualquer reajuste salarial pelo quarto ano consecutivo, além dos cortes de verbas orçamentárias que assombram a instituição fundada por Mariano da Rocha.

Mesmo assim, afora discursos e as razões expostas, não se percebe chance mínima de movimento paredista. Na semana passada, o sindicato dos professores – a Sedufsm – fez assembleia geral e rejeitou iniciar a greve. Que se diga: algo que também se reproduziu em âmbito nacional, no final de semana, através de reunião no Andes-Sindicato Nacional, a entidade maior da categoria no país.

Já os outros segmentos, com suas entidades representativas, como o são, no âmbito local, Assufsm, Atens, Sinasefe, veem o assunto paralisação também pra lá de distante.

LUNETA

SEM NOMES 

Dos 30 partidos políticos com vida legal em Santa Maria, no mínimo,13 não deverão apresentar concorrentes ao pleito deste ano, seja à Assembleia Legislativa ou à Câmara dos Deputados. Pelo menos não há indícios nesse sentido. São eles: Agir (antigo PTC), DC, Patriota, PCB, PCO, PMN, PROS, PRTB, PSTU, PV (federado com PT e PC do B), Rede (federado com o PSol), Solidariedade e UP.

STAND-BY

Dos graúdos do extinto DEM, por razões diversas, ao menos três estão formalmente filiados ao sucedâneo União Brasil. São o vice-prefeito Rodrigo Decimo, o edil Manoel Badke e o secretário de Desenvolvimento Rural, Rodrigo Menna Barreto (foto). Este, que tem divergências históricas com líderes do ex-demismo, não revela seu destino. Só diz estar “stand-by”. Badke, por sua vez, quando der irá ao PL. Já Decimo segue como incógnita.

ESCADAS

Não é um. Nem são dois. Mas há um punhado de candidatos, alguns deles de partidos relevantes, que, mesmo diante das dificuldades eleitorais,  colocam-se como concorrentes por duas razões. Uma é antecipar campanha à vereança, em 2024. Outra é servir, ao buscar votos, de “escada” a companheiros de partido que disputam para valer, vaga de deputado estadual ou, sobretudo, federal.

TUDO OK, MAS… 

Encontro no meio da semana garantiu a Paulo Burmann que Luci Duartes certamente apoiará os nomes locais na disputa proporcional. Da mesma forma, a postura vale para Marcelo Bisogno, que com o ex-reitor da UFSM, compõe a dobradinha pedetista para 2 de outubro. Detalhe: não obstante a chancela, ela deixou claro que se alguém de fora das fronteiras santa-marienses vier, também receberá dela o carinho político.

PARA FECHAR!

Não obstante as manifestações públicas, é evidente o desconforto na esquerda com a, até agora, virtual divisão na disputa para o governo gaúcho. E se consolida a ideia, com imprevisíveis consequências na campanha, que a unidade PSB/PT só se dará, meeeesmo, via intervenção das direções nacionais dos dois partidos. O resto, percebe-se pelos discursos, é apenas conversa para o povo interno.