
Ascamed, Divulgação
Integrantes e apoiadores da Associação Cannábica Ascamed se reuniram em um ato, na tarde deste domingo (23), no Parque Itaimbé, no centro de Santa Maria. A atividade foi para protestar contra a destruição da produção de óleos medicinais durante uma operação da Polícia Federal, na semana passada.
Segundo a associação, a manifestação contou a presença de cerca de 200 pessoas entre pacientes, familiares, profissionais da saúde, ativistas e lideranças locais para discutir sobre o assunto. Agora, a entidade buscará denunciar a recente operação policial e reforçar ainda mais a defesa de que a plantação de maconha, erva da qual o óleo à base de cannabis é obtido, estava em análise na Justiça e obteve parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF).
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Durante o protesto, o presidente da Ascamed, Matheus Almeida Hampel, realizou a leitura de um manifesto. Em um dos trechos, o documento destaca que a Polícia Federal "realizou a operação sem ter conhecimento do trabalho desenvolvido pela associação", confira:
"Naquela manhã, a Polícia Federal executou uma operação completamente desproporcional e equivocada, apreendendo nossos óleos medicinais e destruindo toda a nossa produção. Eles não sabiam sequer da existência da ASCAMED. Não tinham conhecimento do nosso processo judicial em andamento desde 2023. Não sabiam que já havia um parecer favorável do Ministério Público Federal reconhecendo a legitimidade do nosso trabalho."
Além disso, a principal reivindicação da Ascamed é a devolução dos óleos medicinais para que nenhum paciente sofra sem o tratamento. Ao todo, a associação auxilia no tratamento de mais de 900 pacientes no país, por meio do óleo extraído da cannabis.
Enquanto isso não ocorre, para atender os pacientes, a associação obteve ajuda de outros produtores do óleo medicinal no país, que estão fornecendo o medicamento.
– O nosso intuito é deixar claro que somos uma instituição séria e comprometida com a saúde e não iremos parar e seguiremos atuando pela saúde daqueles pacientes que dependem dos óleo para sobreviver – ressalta Júlia Silvester, diretora social da Ascamed.