As inovações no tratamento de varizes

Giovane

As inovações no tratamento de varizes

a phlebologist examines a patient with varicose veins on his leg. phlebology - study of venous pathologies of the lower extremities

As varizes dos membros inferiores são muito frequentes na população em geral. É uma doença com um impacto social negativo muito forte na qualidade de vida das pessoas, sendo responsável pela perda de muitos dias de trabalho, representando assim um peso socioeconômico elevado. As varizes podem surgir devido à fragilidade da própria veia (varizes primárias) ou devido a alterações venosas provocadas por traumatismos e/ou tromboses venosas (varizes secundárias).

De acordo com o cirurgião cardiovascular Jeferson Aita, as queixas mais comuns associadas à existência de varizes dos membros inferiores são a dor e sensação de peso das pernas bem como o edema (inchaço) da perna e pé.

– A doença venosa tem um caráter evolutivo, havendo uma degradação progressiva das veias ao longo dos anos, levando a um estado de hipertensão venosa crônica com repercussão a nível da pele da perna, podendo escurecer e diminuir a elasticidade da pele na região afetada (dermatite ocre) – destaca o médico.

Segundo ele, no período entre inverno e primavera é uma procura constante no consultório pelo tratamento da doença venosa, pois com a chegada do verão, as pernas voltam a ficar em evidência, sendo uma preocupação para quem tem varizes, principalmente as mulheres, pois cerca de 70% da população feminina é acometida desta doença.

– Esta alta prevalência nas mulheres, se deve em parte, pela influência do estrógeno (hormônio feminino) que altera a parede venosa, danifica suas válvulas e pode levar a dilatação das veias. Além de poder ser de origem hereditária, na maioria dos casos, as varizes também podem aparecer devido a outros fatores desencadeantes, como: a obesidade, o sedentarismo, as gestações, o uso de pílulas anticoncepcionais e os exercícios físicos de alto impacto. Ficar muito tempo em pé ou sentada, e usar salto alto abusivamente também podem ajudar no aparecimento das varizes – explica Aita.

Atualmente, existem novas técnicas médicas, não cirúrgicas e cirúrgicas, que tratam de forma eficaz as varizes. No entanto, pelo fato das varizes serem uma doença crônica, é importante ter o conhecimento de que poderá ocorrer o aparecimento de novas varizes junto ao local tratado. Para evitar isto, deve ser feito um controle periódico com intervalos semestrais ou anuais.

PROCURE SEMPRE UM ESPECIALISTA

O cirurgião cardiovascular considera que não há como apontar um tratamento específico ou como um melhor que o outro, pois somente o exame clínico do médico especialista vai determinar qual entre as opções de tratamentos disponíveis melhor se adapta a cada caso, individualmente, avaliando sob bases estritamente científicas e aceitas internacionalmente.

– Sempre temos como objetivo uma preocupação extrema com o bem-estar, segurança e qualidade da solução oferecida ao paciente. Desta forma, é frequente realizarmos o que chamamos de tratamento combinado, onde utilizamos as técnicas adequadas para solucionar o problema do paciente associando as diversas técnicas que temos à disposição, com tecnologia e precisão – conta Jeferson Aita.

Segundo ele, cabe ao médico especialista alertar o paciente sobre as particularidades desta doença e convidá-lo a participar ativamente do seu controle através de um conjunto de medidas preventivas capazes de alterar a sua progressão, de realizar o tratamento mais adequado para cada caso e de manter um acompanhamento e manejo de manutenção pós-tratamento, visando sempre uma melhor qualidade de vida, funcional e estética, para esta pessoa.

OPÇÕES DE TÉCNICAS UTILIZADAS CONTRA A DOENÇA

ESCLEROTERAPIA: Técnica usada para tratar pequenos vasos e microvarizes. Utiliza o princípio de injetar neles um medicamento com o objetivo de se formar uma pequena reação inflamatória, a qual irá ocasionar o fechamento/ esclerose do vaso. Provoca um pequeno desconforto ou dor no local no momento da aplicação, o paciente deve utilizar as meias elásticas no dia da sessão, não necessitando de repouso e podendo retornar normalmente para as suas atividades diárias.

CRIOESCLEROTERAPIA: Usado para tratar vasinhos e microvarizes, utiliza o mesmo princípio da escleroterapia convencional. Ou seja, injeta neles um medicamento com o objetivo de secá-los. A diferença é que o medicamento utilizado é resfriado a uma temperatura média de -30º C. Por estar gelada, a substância provoca a contração do vaso, potencializando seu efeito.

ESCLEROTERAPIA A LASER: O feixe de luz age nos vasos e microvarizes causando uma pequena lesão. O sistema imunológico reage enviando para a área substâncias que formam uma espécie de cicatriz, que é logo absorvida pelo organismo. É especialmente indicado para tratar as regiões do tornozelo e do pé, onde as picadas de agulha podem ser muito dolorosas. No caso de veias azuisesverdeadas, a associação do laser e da crioescleroterapia possibilita resultados mais eficazes.

LASER ENDOVASCULAR E RADIOFREQUÊNCIA: Estes dois tratamentos são os mais recentes para tratar varizes grossas, quando houver indicação específica. Com o auxílio de uma agulha, é feita a introdução da fibra óptica (laser ou radiofrequência) no vaso com problemas. Essa fibra irá bombardear o local com aplicações, fazendo com que ocorra a esclerose da veia e que ela seja reabsorvida pelo organismo, sem que haja necessidade de removê-la. Este procedimento pode substituir a cirurgia para extração da veia, podendo ser realizado a nível ambulatorial, sem necessidade de internação, com um retorno mais precoce do paciente as suas atividades diárias, quando comparado com a cirurgia convencional.

ESCLEROTERAPIA COM ESPUMA: Quando se realiza a escleroterapia através de uma medicação específica, misturada com um gás, formando uma solução com microbolhas, com consistência de espuma, o que acaba aumentando o tempo de ação da substância nas paredes da veia, melhorando a eficácia do tratamento. Recomenda-se acompanhar o procedimento com Ecodoppler venoso, para direcionar a espuma. Pode ser realizado no consultório ou a nível ambulatorial, sem necessidade de anestesia.

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