Solidariedade

Alunos servem café da manhã para moradores de rua

Joyce Noronha

O relógio marcava 6h30min de segunda-feira quando um grupo com cerca de 20 alunos saía do Colégio Adventista com frutas, sanduíches, sucos, café, leite e bolo para servir o Café Solidário a moradores de rua de Santa Maria. Esta é a segunda edição da atividade promovida pela escola, que busca colocar em prática os ensinamentos de solidariedade passados em sala de aula, segundo a orientadora pedagógica do colégio, Ariete Vacht.

Ela explica que várias atividades sobre o assunto foram realizadas na escola e a ideia de fazer algo além do teórico partiu dos próprios alunos.

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– Depois de um tempo trabalhando com eles sobre maneiras de ajudar o próximo, sobre empatia, eles pediram o que poderiam fazer. Decidimos então fazer uma nova edição do Café Solidário. A primeira foi realizada no ano passado – comenta Ariete.

E a data escolhida não foi ao acaso, pois no dia 28 de agosto é celebrado o Dia Nacional do Voluntariado

Os estudantes foram a locais do Centro em que pessoas em situação de rua costumam dormir, como a Praça Saldanha Marinho, o Viaduto Evandro Behr, a Praça Saturnino de Brito, o Largo da Biblioteca Pública, a Gare da Viação Férrea e outros. As crianças conversavam com os moradores de rua, explicavam a ação e entregavam os alimentos.

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Para a aluna do 8º ano Julia Machado, 13 anos, a atividade é uma forma de pensar além dos conteúdos curriculares da escola e faz parte da formação do caráter dos estudantes. Já Vitória Loreto, 10 anos, estudante do 6º ano, diz que participar de uma ação como esta é bom dar mais valor às coisas que ela tem.

– Além de ajudar outras pessoas, é uma forma de eu agradecer a tudo que tenho. A tudo que a minha família tem.

Quem recebeu a refeição ficou agradecido, não só pelo alimento, mas pelo carinho e atenção que os estudantes ofereceram Foto: Gabriel Haesbaert / NewCO DSM

Quem recebeu o café da manhã, e o carinho, apreciou o gesto. Miguel Arcanjo Ferreira da Silva, 49 anos, não sabe há quanto tempo mora na rua e diz que faz diferença ter pessoas conversando com ele com simpatia e caridade. Bruno da Silva, 23 anos, estava em uma cama improvisada próximo a Miguel e concorda que é muito bom receber um café da manhã assim, e reforçou que "não é todo dia que a gente recebe comida".

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Os alimentos doados foram levados pelos alunos que se organizaram em uma escala de bebidas e ingredientes para a confecção de sanduíches. Depois de circular pela cidade por cerca de duas horas, os estudantes doaram os alimentos restantes para o Albergue Municipal de Santa Maria e voltaram à escola, para o horário de aula.


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