Cartinhas, ursinhos de pelúcia, jornais, fotografias e até um tamagotchi – famoso brinquedo eletrônico dos anos 1990 e 2000, em que era preciso cuidar de um animal de estimação virtual –, estes e muitos outros tesouros foram encontrados na cápsula do tempo da escola Augusto Ruschi, aberta na manhã desta segunda-feira. A atividade marca o aniversário de 31 anos do colégio, celebrado hoje.
De acordo com o vice-diretor do turno da manhã, Danclar Rossato, a cápsula foi lacrada há exatos 10 anos e foram os alunos dos 3º anos do Ensino Fundamental que escolheram os objetos a serem guardados.
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Na época, Rossato era o diretor do colégio e diz que abrir a cápsula é um resgate da história da Augusto Ruschi.
– É emocionante. Se pensarmos em tudo que vivemos em dez anos. A escola ganhou dois prêmios nacionais de reconhecimento na educação. Fora um tanto de coisas que conquistamos. É muita emoção – declara o professor.

Um grupo de ex-alunos, que colocou os objetos na cápsula, participaram da festividade de abertura. Fabiana Marques, Pâmela Lima, Eduarda Alves, Vanessa Yasmin do Rosário e Andriele Christino, todas com 19 anos agora, recuperaram seus brinquedos e releram as cartas que escreveram para elas mesmas.
– Nossa, eu imaginava que não estaria mais em Santa Maria. E só lembrava do ursinho de pelúcia que eu tinha colocado ali, as outras coisas, como a carta e a foto, não sabia que estavam me esperando – conta a ex-aluna Vanessa Yasmin, com água nos olhos.
CONTRACHEQUE
Mas a abertura da cápsula também serviu para reflexão. Uma das professoras deixou guardado o contracheque de outubro de 2007 e leu para todos quanto era o salário dela há dez anos: R$ 697. Ela lembrou que agora recebe cerca de R$ 1 mil e fez uma avaliação sobre a desvalorização dos professores ao longo dos anos.
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Além disso, a capa do Diário apresentava uma quarta possibilidade para endereço do Hospital Regional, que agora está com a obra concluída há mais de um ano e ainda não teve as portas abertas. O Regional completa, hoje, 406 dias sem pacientes.
NOVA CÁPSULA
A diretora da escola, Maria Antonieta Guimarães, lembra que trabalha na escola desde 1986 e que no ano em que a cápsula foi lacrada, em 2007, ela era apenas professora de sala de aula. Maria Antonieta diz que fazer parte de um momento como este é sensacional e declara que a escola já estuda para fazer uma nova cápsula no ano que vem. Os alunos gostaram da ideia.

A pequena Laura da Silva, 9 anos, está no 3º ano do Ensino Fundamental e diz que se puder colocar algo na próxima cápsula vai guardar uma boneca e escrever uma cartinha para ler no futuro.
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A aluna do 4º ano Naymara de Souza, 10 anos, diz que vai escrever para si mesma sobre seus planos futuros, para ver se vai conseguir realizar seus sonhos. Um deles ela revelou para a reportagem: daqui a 10 anos quer estar na faculdade de Direito.