Alexandre Reis: rotinas bifásicas

Redação do Diário

Alexandre ReisConsultor econômico e professor universitário

O título do texto de hoje parece estranho para com aquilo que eu escrevo nos últimos tempos. Contudo, vocês notem que não é tão “estranho” quanto parece, e tem muito relação com a contemporaneidade e a economia. Pois bem. No tempo pré-industrial, na Idade Média, especificamente, a forma como as pessoas se organizavam, realizavam as suas tarefas, bem como o seu sono era de forma diferente de hoje.

 O sono era dividido em fases, bem como as rotinas da vida daquela época. Portanto, era de forma bifásica, ou seja, as pessoas não só dormiam a noite e sim durante um espaço de tempo ao longo das 24h do dia. E intercalavam intervalos e ações com outros (as) membros da comunidade. Muito por causa da segurança e de outras características da época. Em síntese, a tentativa era buscar um método que aliava a liberdade com a eficiência e produtividade.

Ora, o que isso tem de correlação com o mundo contemporâneo? Será que poderíamos “copiar” esse modelo na atualidade? Seria uma ideia inovadora? Pode ser que sim. Vamos analisar a atual realidade em que vivemos e concluímos que com a alta tecnologia podemos sim alterar rotinas.

E mais, a nova postura, hábitos e de que forma trabalhamos, podemos sim pensar em alternativas. Isto é, muita flexibilidade e responsabilidade. Então, não seria interessante? Acho que sim, favorecia muito a flexibilidade de horário nos trabalhos. Agora vocês entenderam a correlação! Sendo assim, se preocupar se vai abrir ou não o mercado no domingo não será mais um problema social e econômico. Mercados de outras características abertos 24h também não serão mais um problema. As novas dinâmicas acontecem e devem ser avaliadas se geram mais produtividade ao sistema como um todo.

O que gostaria de afirmar é que o método bifásico daria muito mais liberdade ao ser humano e a sociedade. Não sei se todos iriam se adaptar a isso, mas podemos induzir as pessoas às rotinas mais livres. Outro mundo de convivência e de compartilhamento de ações bem feitas. Imagina você que gosta de dormir só à tarde e trabalhar a noite, consumir em um supermercado na madrugada, fazer negócios em qualquer horário, enfim outra rotina na vida cotidiana.

Uma loucura, mas que a história nós relata que já foi possível acontecer isso, e que o humano se adaptou bem ao processo. É claro que a realidade da época era outra. Mas, porque hoje não podemos? Até porque o mundo moderno tem as tecnologias. Podemos enquanto dormirmos fazer os robôs trabalhar por nós. Em suma, buscar ferramentas, processos, métodos, jeito de viver mais produtivos.

O mundo moderno é fascinante, onde tudo pode ser discorrido ou pelo menos tentado a se fazer. O que realmente importa é que sejamos mais livres, e logo, mais desenvolvidos. O texto tem o objetivo de despertar o debate, a crítica e as reflexões acerca do tema. Mas, sobretudo, não esqueça que, de fato, precisamos de uma sociedade mais progressista, produtiva e livre. Assim, teremos o progresso econômico.

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